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José Ronaldo: As nuvens e o fogo amigo

Revisada em 27. 12 às 17:08

Vocês se lembram?

Algum tempo atrás, quando os interesses pessoais e projetos políticos de determinado cidadão pareciam estarem ameaçados, ele teve a ideia de procurar determinado integrante da imprensa local, sondando se divulgaria um dossiê que estava em seu poder, sobre o prefeito José Ronaldo de Carvalho.

Permaneceu por mais ou menos uns 30 minutos conversando, depois ao sair, disse que voltaria no dia seguinte.

No dia seguinte o quadro não era tão feio como tinham pintado. O “homem” não havia se manifestado contra ele. Teria sido um mal entendido.

Esse dossiê nunca foi apresentado.

O prefeito de Feira de Santana esteve, na avaliação da oposição e da situação que pratica o fogo amigo, durante os dois primeiros anos desse mandato que chega ao fim em 31 de dezembro, com a credibilidade e aceitação popular em baixa. Eles faziam uma avaliação bastante precipitada de que o fim político de Ronaldo estava achegando e que não se reelegeria.

Essa avaliação serviu para intensificar o fogo amigo, visando um provável crescimento político daqueles que se consideravam emergentes e aconselhados por veteranos.

O projeto poderia ser iniciado em 2016 com uma reeleição e 2020 na cabeça da chapa.

Eu poderia falar das articulações nos bastidores. Foram várias e várias reuniões.

Mas vou seguir o conselho do meu saudoso amigo Antonio Carlos Machado. “Para que procurar complicação, você só vai dispor da prova verbal e se na hora o cara mudar de ideia?”.

É verdade, as provas não podem depender de terceiros, se ele recuar, estarei ferrado. Por isso mesmo não citei o nome daquele que estava  como provável liderança emergente ou do que representava um pseudo grupo.

Mas, vamos em frente.

Existe um grupo dentro do grupo, esse fato é tão verdadeiro, como também existe uma convivência política de aparência.

Para o publico, beijinho, beijinho, para o futuro, pau, pau.

Alguém se lembra de Tarcízio Pimenta?

O recuo forçado. Não significa desistência.

Os motivos…

O prefeito José Ronaldo ampliou a confiança do povo, venceu as eleições de forma esmagadora e comprovou ser a maior liderança política de Feira de Santana e de sua Macrorregião.

Hierarquia.

Não me venham com “Churumelas”.

Não me venham falar de terrorismo político.

Agora.  Remar contra a maré é suicídio.

Essa hierarquia é obedecida pela ausência de poder e força política do grupo que faz o fogo amigo.

No momento, afago, as mesuras, as declarações públicas, fazem parte de um recuo estratégico.

No íntimo estão desejosos de um tropeço, planejam colocar uma “pedra no caminho”.

A desconstrução é o projeto.

Continuam subestimando e se revestem de uma força política que nunca existiu, e pela historia comportamental dificilmente existirá.

Até pouco tempo eu via, ouvia, lia, um discurso de que o rei do pilão estava perdendo o trono. Agora, os mesmos que fizeram esse discurso se comportam como leais escudeiros estão com o pescoço duro de olhar para as nuvens, rezando por uma rajada de vento favorável.

Carlos Lima

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