O ex-vereador Marialvo Barreto (PT) disse: “no 1° dia do ano quero lembrar aos Professores da rede municipal e ao funcionalismo de Feira de Santana, muito cuidado com o seu voto para prefeito, para não amargarem 4 anos sem reajuste salarial. Exemplos não faltam. Não caiam em conversa mole, exijam compromissos”.
O entendimento da maioria sobre essa declaração é que ele pede aos professores que não votem no pré-candidato do governo do estado em Feira de Santana, sobre pena de ficarem quatro anos sem aumento salarial.
Só para lembrar, o pré-candidato a prefeito de Feira de Santana, deputado federal Zé Neto e o próprio Marialvo Barreto, são do mesmo partido do governador.
Não é brincadeira. Esta é uma das causas da derrocada nacional do PT.
Partido político é a junção de ideias que sedimenta a construção de um projeto político através de um programa de governo seguindo um rasgo ideológico ou não.
O sindicato representa e defende os interesses de uma categoria de trabalhadores que, muita vezes se chocam com os interesses da coletividade, dadas às perspectivas e finalidades das suas mobilizações. Principalmente com os interesses governamentais, independente de quem exerça o poder.
O sindicato jamais aceitará pacificamente as decisões do poder político se elas lhes trouxerem perdas de benefícios em quaisquer circunstâncias.
O exemplo está na posição adotada pelo professor e sindicalista Marialvo Barreto. Mesmo pertencendo a um partido político se insurge contra ele por não atender as reivindicações do seu sindicato, que exige melhorias salariais para seus filiados.
Defesa ‘de parte’ e ‘desprezo pelo todo’.
A administração política partidária jamais conseguirá a satisfação “do todo”, pela sua fragmentação diante dos interesses que não puderam ser atendidos, “de partes”.
Toda e qualquer ação política científica depende de consciência educada, renúncia individual em benefício coletivo, presença de pragmatismo e definição ideológica.
Raramente encontramos essas qualidades nos partidos políticos existentes em nosso país.
É mais um circo de círculos de interesses grupais, que fazem o papel de esponja sobre a água, se fortalece sugando o que não lhes pertence.
Infelizmente são visíveis e facilmente identificáveis as razões pelas quais não apalpamos a confiabilidade e credibilidade necessária para avanços mais significativos do partido em questão.
Carlos Lima