Um menino de dez anos morreu apos ser preparado para fazer um exame de ressonância magnética em uma clínica de Feira de Santana. O caso aconteceu na segunda-feira (19) de foi noticiado pelo programa Jornal da Povo.
Os pais da criança registraram ocorrência na delegacia e a Polícia Civil vai investigar o que aconteceu.
A criança morava em Utinga, município localizado na região da Chapada Diamantina, e distante cerca de 300 km de Feira de Santana.
Conforme a família, o garoto viajou só para fazer esse exame, que custou R$ 1.430.
Os familiares do menino ainda não sabem o que provocou a morte dele.
Os pais aguardam o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para saber a causa da morte. O prazo é que o documento fique pronto em 45 dias.
A lavradora Gesibel Lemos da Mota, mãe do menino Gilberto, relatou que ela e o filho chegaran na clínica onde o procedimento foi feito por volta das 8h30. Em seguida, segundo Gesibel, uma enfermeira fez uma espécie de entrevista para saber se o garoto tinha algum tipo de alergia.
A mãe disse que não tem conhecimento de nenhuma rejeição do garoto a medicamentos e relatou que ele tomava remédio controlado.
De acordo com a lavradora, logo depois da conversa com a enfermeira, a criança foi sedada para passar pelo exame.
“Aplicaram a sedação nele, depois ele começou a ficar molinho, depois ele começou a ficar sem ar. Aí os médicos tentaram reanimar ele, mas não conseguiram.”, relatou Gesibel.
Conforme a mãe, o garoto Gilberto já tinha passado por uma cirurgia no olho e outra no braço e não teve problemas.
“Ele já fez um exame do olho, que ele tinha catarata congênita, fez cirurgia e não aconteceu nada. Fez uma cirurgia há pouco tempo do braço, que quebrou brincando de bicicleta, graças a Deus não aconteceu nada.
Veio acontecer simplesmente aqui, em uma simples ressonância. Vim trazer meu filho para fazer um exame para saber o que ele tem realmente e perdi meu filho”, lamenta a lavradora.
Gilberto era o único filho de Gesibel e do marido. “Meu filho era a alegria da minha casa, era tudo na minha vida”, disse.
A família informou que o garoto tinha dificuldade para falar, problemas de visão e raciocínio lento, por isso o médico que acompanhava a criança solicitou uma ressonância magnética do crânio.
Conforme a o pai de Gilberto, o lavrador Gildásio Martins, foi o próprio neurologista que indicou a clínica em Feira de Santana onde o procedimento foi feito.
Em nota, a clínica onde o caso aconteceu informou que o exame de ressonância magnética com sedação anestésica é realizado de forma rotineira e que qualquer procedimento feito sob indução anestésica tem riscos.
Ainda em nota, a unidade médica afirma que, durante o exame, a criança apresentou um quadro de parada cardiorespiratória e que, imediatamente, os profissionais da clínica fizeram todos os procedimentos para tentar reanimar o garoto mas, não conseguiram.
Segundo a clínica, não houve uso das substâncias conhecidas como “contraste” e isso afastaria a hipótese de uma reação alérgica.
O garoto Giberto será enterrado às 15h, na cidade de Utinga, onde morava com a família.
TV Subaé Edição cljornal