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Moradores fazem manifesto contra canil em Feira

Moradores da Travessa Ceará, no bairro Queimadinha, em Feira de Santana, denunciam o funcionamento de um canil no local, por conta de transtornos como mau cheiro e barulho provocados pelos animais. Conforme as pessoas que residem no local, mais de 50 animais de rua, como gatos e cães, estão no imóvel.

A responsável pelo canil não reside no local. Ela vai três vezes na semana limpar a área e alimentar os bichos. Marcos Oliveira, morador do bairro, conta que já procurou o Ministério Público da Bahia (MP-BA) e foi orientado a procurar o centro de zoonoses de Feira de Santana. “O Ministério Público informou que a denúncia tem que ser feita através do centro de zoonoses, que é o órgão competente para resolver isso. Eles [o centro de zoonoses] têm que entrar com uma denúncia no Minsitério Público para conseguir um mandato judicial e vir retirar [os animais]”, explicou.

A responsável técnica pelo Centro de Zoonoses, Mirza Cordeiro, disse que o órgão já realizou ações para resolver o problema, mas que a dona do imóvel continua colocando animais na casa.

“Nós fizemos o transporte desses animais para um sítio, mas infelizmente ela [a dona do canil] continua colocando os animais na residência. Nós vamos fazer o relatório técnico que a comunidade está solicitando para ser encaminhado para o Ministério Público. Depois que o Ministério Público der uma informação mais precisa para nós, as providências devidas devem ser tomadas. O Centro de Zoonoses não tem o poder de polícia para retirar os animais da propriedade. A gente precisa de uma ordem para a retirada deles”, explicou Cordeiro.

A dona de casa Adriene Costa conta que os filhos ficam trancados em casa, por que ela tem medo de transmissão de doenças. “Meus filhos não podem mais brincar na rua. Antigamente eles ficavam na rua, brincavam à vontade e hoje precisam ficar em casa trancados porque tenho medo que eles peguem alguma bactéria de animal”, relatou.

Os moradores já flagraram até dois gatos mortos no quintal. Indignados com a situação, eles chegaram a fazer uma manifestação em frente ao imóvel.

“A gente fica que nem prisioneiro, com as portas [das casas] fechadas por causa do mau cheiro. Ontem mesmo estava cheio de moscas na minha casa. À noite a gente não dorme como barulho dos cachorros. Eles passam a noite toda fazendo barulho”, disse o morador Gualberto Souza.

G1 BA, com informações da TV Subaé

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