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NA BAHIA PSDB E PMDB PARTICIPAM DO GRUPO POLÍTICO OPOSICIONISTA E NÃO SÃO PEDRAS NO SAPATO DE RONALDO

Feira de Santana elegeu o Ronaldo a sua maior liderança política dos últimos 20 anos

Esse grupo político, incluindo o DEM, misturou momentaneamente suas posições políticas e ideológicas para fortalecer o objetivo de derrota o PT e aliados na Bahia.

O ponto de convergência política desses partidos é a derrota da reeleição do governador Rui Costa, ou de outro nome que o PT decida lançar como candidato ao governo em 2018.

O PSDB, o PMDB e o DEM, não estão se preocupando com o individual, no momento, o objetivo é manter essa unidade construída nas eleições de 2016 e derrotar o poder estadual em 2018.

Depois de consolidar esse projeto político, o espólio da guerra, será outra história, será o início da reconstrução do poder partidário, sem a ameaça petista.

O PSDB e o PMDB não é uma pedra no sapato de José Ronaldo, como alguns jornalistas afirmam,  no que diz respeito a sua candidatura ao senado.

A avaliação do grupo não passa por uma avaliação pessoal, o que se analisa é a unidade das ações em torno do projeto político do grupo tendo como meta a derrota do PT.

As estratégias são formatadas dentro da composição do grupo.

Qual a melhor formação das forças de oposição ao governo do Estado para as eleições de 2018?

O que pode manter a unidade dos partidos PMDB, PSDB e DEM?

Uma visão de fortalecimento dessas forças, tomando-se por base o crescimento de sua densidade eleitoral, sem dúvida seria a difícil tarefa de manter os interesses dos aliados focados na conquista do governo do Estado, como aconteceu nas eleições municipais em Salvador.

A vitória do grupo que reelegendo ACM Neto prefeito da capital baiana foi o ponto de partida para a mobilização da oposição em direção ao Palácio de Ondina.

A composição oposicionista

Nas eleições de 2018 teremos duas vagas para o senado, fato que conspira contra Rui Costas, na tentativa de enfraquecer a unidade que o derrotou nas eleições municipais,

O PMDB, PSDB e DEM podem acomodar os interesses dos partidos políticos  aliados nas candidaturas ao senado e com reais possibilidades de vitórias eleitoral.

Como candidato ao governo do estado da Bahia, o nome consagrado após o resultado das eleições municipais foi ACM Neto (DEM).

A vitória de ACM desmoralizou eleitoralmente o governador Rui Costa e  seus aliados.

E como todos sabem, as condições objetivas se constroem aglutinando e não espalhando, por exemplo:

Alguém poderia perguntar: Ronaldo não poderia ser o vice de ACM Neto?

José Ronaldo líder político imbatível contribuiria mais sendo candidato ao senado, a vice, ou permanecendo como prefeito de Feira de Santana.

A vice não seria mais útil fortalecendo a unidade do grupo com mais um partido, ou partidos sendo atendidos nessa posição.

José Ronaldo é um nome forte na política baiana, não pode ser e não será menosprezado nesse processo, muito pelo contrário.

 Ele com certeza tem o seu espaço garantido, ocupado por capacidade e mérito incontestável.

Mesmo porque ele pertence à mesma escola, destacando-se com louvor.

Não sei se os planos de José Ronaldo estão literalmente relatados, mesmo porque eles estão na cabeça dele.

Faço apenas deduções lógicas, e tenho por base o comportamento político que ele sempre teve ao longo de sua vida pública.

Nos momentos mais difíceis de sua caminhada, onde aliados e opositores  tentaram inviabilizá-lo, ele demonstrou fidelidade ideológica, dando exemplo de ser um homem de grupo, sacrificando internamente desejos pessoais e vencendo as adversidades.

Nessa crise moral e política que passa o país, ninguém conseguiu colocar ou descobrir, como diz o ditado popular  “rabo de palha”. Até aqui, Ronaldo passa incólume por essas labaredas de propinas e corrupção.

Mais uma vez  lembro de que José Ronaldo pertence à mesma escola de todos os outros políticos baianos de sua geração. (Não se trata de um neófito).

Hoje detém uma saga de eleições e reeleições em primeiro turno na segunda maior cidade do interior baiano, digna de registro histórico.

Vai assumir em janeiro de 2017, seu quarto mandato em Feira de Santana com intervalo de apenas um mandato, ou seja, quatro anos. Elegeu um sucessor que não teve visão política e morreu na praia.

A vitória de ACM Neto ao governo do Estado não é um fato distante de uma realidade que pode ser construída.

Essa realidade depende do comportamento político dos seus aliados e dele próprio, como articulador e condutor desse projeto.

José Ronaldo em caso de vitória de ACM Neto, provavelmente continuará na Prefeitura de Feira de Santana até definir os próximos passos.

Não sou madame “Beatriz” para fazer adivinhações ou suposições.

Os planos após a derrota de Paulo Souto se tornaram um pesadelo.

Ronaldo pode pensar ainda no senado, numa vice-governadoria e quem sabe, após o intertício eleitoral, voltar para Prefeitura de Feira de Santana.

Essas são avaliações que devem ser feitas depois de 2018. Cada situação no seu devido tempo.

A oposição na Bahia vive atualmente o seu melhor momento para derrotar o PT.

No entanto não deve subestimar o seu adversário político. É bom não deixar no passado a derrota de Pulo Souto para Jaques Wagner, quando todos e até o Ibope davam como certa a vitória de Souto no primeiro turno e foi Wagner que venceu justo como preconizado pelo instituto.

Carlos Lima

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