O Ministério Público estadual oficializou a prefeitura municipal de Feira de Santana pedido de informações sobre o planejamento de ampliação dos leitos clínicos e de UTI do hospital de campanha, dando um prazo de resposta de 72 horas.
O promotor de Justiça Audo Rodrigues, avalia que deve ser planejado com urgência a ampliação de leitos da unidade, que, atualmente conta com 50 clínicos e dez UTI, todos destinados ao tratamento de pacientes infectados pelo Covid-19.
O promotor lembrou ao prefeito que Feira de Santana é habilitada para realizar a gestão plena do sistema de saúde, “implicando na obrigação de receber pacientes de outros municípios pactuados com o município”.
Principalmente nesse momento de enfrentamento à pandemia, em que os casos confirmados se ampliam nos municípios que fazem parte de sua microrregião.
O prefeito não precisa informar sobre a recente entrega de uma considerável quantidade de bancos instalados na Avenida Getúlio Vargas.
Sem dúvida uma “prioridade” nesse momento crítico da pandemia.
Mas, espontaneamente, poderia relatar a existência de tanta dificuldade para se fazer um teste do Covid-19, ou até mesmo, sobre a ausência de sedação dos pacientes que precisam ser intubados no hospital de campanha.
As possibilidades de uma avalanche de infectados no município se ampliam devido a falta de estudo do crescimento da pandemia no município e na sua microrregião.
A irresponsável flexibilização na abertura do comércio, sem dúvida, vai se refletir no aumento de contaminação, nesse momento em que o feirense vive o início de uma curva crescente de infectados.
Se os testes estivessem sendo realizados normalmente, provavelmente estaríamos com números bem superiores aos que vem sendo divulgados pelo governo municipal.
O custo dessa atitude, que vai de encontro às recomendações da OMS e de cientistas da área, serão sentidos pela população. O covid-19 já chegou no primeiro escalão de Colbert, o secretário Carlos Brito está internado na UTI do Hospital Emec. E o próprio prefeito espera o resultado dos exames.
Talvez essa não desejada situação, traga de volta a lucidez que se acreditava existir no gestor do município.
Carlos Lima
