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O Feira Digital tornou os moradores da Caboronga conectados no mundo todo

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A rede de energia elétrica foi o primeiro serviço público que chegou à comunidade da Caboronga, em Bonfim de Feira, há mais de duas décadas.

Depois foi a rede de abastecimento de água.

E, por último – e não menos esperado, foi o sinal da internet pública, que possibilitou que donos de smartfones se tornassem cidadãos online.

O wi-fi foi muito bem-vindo. O sinal chega na comunidade via rádio – as antenas são direcionadas às localizadas da Serra de São José, no distrito de Maria Quitéria.

Pode ser considerado uma das poucas opções de lazer do local.

E quem tem celular com esta tecnologia aproveita.

A antena, que abre a porta de entrada dos moradores do povoado de casas não tão próximas uma das outras para o mundo é do Projeto Feira Digital, idealizado pela Fundação Cultural Egberto Costa, e foi colocada sobre uma estrutura de alvenaria junto a um tanque que acumula água de um poço.

Não são poucos os povoados onde o sinal da internet chegou bem antes do que o da telefonia móvel – em mais de duas dezenas de localidades da zona rural de Feira de Santana o wi-fi já está liberado.

Lá, por enquanto, os smartfones são usados para mandar e receber mensagens, acessar as redes sociais, assistir filmes.

O uso ainda é limitado à internet. Como em várias outras comunidades rurais, o sinal da internet a tirou do isolamento que vivia até então.

Principalmente os jovens.

Minhas filhas passam horas conversando ou assistindo

A possibilidade de se conectar com o mundo através da telinha do celular é um avanço e tanto para os moradores.

Dona Luiza Souza Silva (foto) diz que não se atreve a usar o seu telefone pela internet.

“Nem eu nem mãe (Maria Emília da Silva Souza). Mas minhas filhas e as amigas delas passam horas aqui, conversando ou assistindo alguma coisa”.

“O sinal é bom”

Natália Teixeira de Jesus (foto), 19 anos, disse que gosta de se conectar com o mundo e a internet permite.

“O sinal é bom”, elogia. “Assisto filmes e desenhos animados, todos os dias, e ainda mando mensagens pelas redes sociais”.

Tem facebook e whatsapp. “Só preciso fazer o instagram”.

Isaque Teixeira (foto), com o amigo Caíque, olhavam fixamente à tela de um celular sob a sombra de uma árvore. Estavam jogando on-line.

“Gosto de internet e aqui o sinal da internet é muito bom.

A velocidade é boa”, elogia o adolescente, que também vê filmes e acessa às redes sociais.

Moradores temem por assaltos

O problema do local são os assaltos, diz Luiza Souza (foto). “Dia desses, um menino tava saindo daqui e um homem numa moto tomou o celular dele”.

Como meio de proteção, diz, à noite os jovens se reúnem próximo da casa dela, onde o sinal é melhor.

Além da antena perto da caixa-d’água, a escola da Caboronga – como todas as escolas e unidades de saúde da rede municipal, também é interligada ao Feira Digital.

PMFS

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