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O mato toma conta do Casarão onde Feira começou

Segundo dados históricos, a Rua Araujo Pinho detém a história do início de Feira de Santana. Lá existe um casarão que é responsável por essa história. O Casarão estava praticamente destruído, a maioria das paredes tinham ruído, o teto parcialmente destruído, a história agonizava.

Surgiu o prefeito José Ronaldo no seu primeiro mandato e recuperou o Casarão. Antes da conclusão da reforma, muitos reivindicavam a sua utilização. Entre as reivindicações destacavam-se a Academia Feirense de Letras, o Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana, entre outros.

Esperava-se que o destino do casarão seria para acultura da cidade. Na realidade nada disso aconteceu. O Casarão foi entregue a família Pedra, atual proprietária de terras naquela localidade.

Depois de inaugurado o Casarão serviu apenas para a realização de algumas festas de formaturas e aniversário, festas de batizado, feijoadas e nada mais.

Hoje, completamente abandonado o mato toma conta. É dessa forma que o dinheiro do povo deve ser aplicado quando se trata do resgate da história da nossa cidade?

Faça uma visita e comprove.

A reforma

O histórico casarão dos Olhos d’Água, localizado na rua Araújo Pinho, será Entregue à comunidade feirense, totalmente recuperado, nesta sexta-feira (08), às 9h30min., durante solenidade com as presenças do governador Paulo Souto o prefeito José Ronaldo de Carvalho.

A iniciativa é fruto do projeto FazCultura, da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, através de parceria com a indústria de pneus Pirelli e a Prefeitura de Feira de Santana.

A restauração do imóvel possibilita o resgate de um importante ícone da história de Feira de Santana. Segundo historiadores, o casarão teria sido a primeira habitação erguida no município pelos fundadores da cidade, o casal Domingos Barbosa de Araújo e Ana Brandão.

A intervenção dos poderes públicos em parceria com a iniciativa privada viabiliza a concretização de um antigo sonho de historiadores, pesquisadores e defensores da cultura.

Uma luta que passou a se concretizar a partir do dia 24 de março deste ano, quando o prefeito José Ronaldo assinou convênio viabilizando a recuperação do antigo prédio, que estava em ruínas.

Foi recuperado e manteve-se a estrutura original. As paredes foram reconstruídas em adobe, enquanto as seis colunas principais de sustentação das paredes e do telhado foram mantidas em sua forma original, um dos traços principais da época.

No período, como não existia cimento, o barro ganhava mais consistência com a mistura de óleo de baleia e ostra.

O prédio possui nove cômodos. São seis quartos, uma sala de jantar, uma cozinha ampla e mais uma sala de visita.

O acesso a parte dos quartos é através de um corredor. E no entorno da casa, uma ampla varanda, como na estrutura original. E, para garantir segurança e preservação do imóvel, foi necessária a construção de muro.

O imóvel ocupa 500 metros quadrados de área construída. Todas as paredes foram reerguidas com tijolos de adobe fabricados artesanalmente. Da mesma forma, telhados, portas e janelas possuem características rústicas.

Convocamos você a fazer uma visita ao Casarão e constatar a triste realidade.  

Fonte: Redação do cljornal – (CL)

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