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O prefeito de Feira de Santana e a máquina de fazer dinheiro e poder/Por Carlos Lima

Quando chove Feira de Santana é uma cidade alagada

Alagamentos, inundações repentinas, bruscas ou enxurradas, que ocorrem em Feira de Santana, geralmente acontecem pela presença de grande quantidade de água num curto espaço de tempo em áreas da cidade onde “o caminho das águas” foram obstruídos por obras eleitoreira nos últimos 20 anos.

Um setor crônico está localizado no bairro Baraúnas, onde diversas ruas são alagadas em todos os períodos de chuvas. Denúncias e sofrimentos da população vem sendo anunciadas desde o primeiro governo do grupo político que comando o município de forma excludente há mais de 20 anos.

No Conjunto Habitacional Feira X foi preciso uma pessoa morrer para que se construísse uma pequena passagem de nível, mesmo assim no período de chuvas o local se torna bastante perigoso.

Poderíamos citar centenas e centenas de ruas que ficam alagadas em todos os bairros da cidade.

Não é um acontecimento de ontem.

Todos eles são do conhecimento desses políticos que se encastelaram no poder a duas décadas e sempre fizeram ouvido de mercador para as necessidades do povo, que são lembrados e aliciados apenas nos períodos eleitorais.

A impermeabilização das ruas e construções fora dos padrões técnicos, obstruíram o caminho das águas na cidade, além disso, a precária e incapacitada rede pluvial com suas reduzidas dimensões, para o volume de água gerado durante as fortes chuvas que caem na cidade, dá origem aos alagamentos, inundações e enxurradas, vividos e sofridos pelo feirense nos últimos 20 anos.

Nessas enchentes, as águas elevam-se de forma paulatina e previsível; mantêm-se em situação de cheia durante algum tempo e, a seguir, escoam-se gradualmente. O governo municipal é sabedor dessa situação e joga a culpa no povo afirmando que ele entope os bueiros. Muitos deles já aterrados ou ligados à rede de esgotamento sanitário.

Refazer a rede pluvial não é do interesse do executivo, são obras caras que ficam enterradas e pouco se pode fazer para conquistar votos.

É mais fácil jogar a culpa no povo e divulgar campanha de limpeza de bueiros, de caixas, sarjetas e sistemas de drenagem que todo mundo vê e desconhece o custo…

As obras, se é que, podem ser chamadas assim, é divulgada e repetida todos os anos. As inundações e alagamentos também acontecem todos os anos.

Esse ano o superintendente da área, João Vianey Marval, afirmou que o lixo é o principal fator para a obstrução e entupimento das caixas, que deixam de ter um funcionamento adequado. “Precisamos da colaboração da população com o descarte correto do lixo, evitar jogar lixo no chão”, apelou.

Uma ladainha de duas décadas. Uma justificativa política para que eles, todos os anos, possam aplicar recursos duvidosos na finalidade, e real na conservação do problema.

Na zona rural temos as vias de acesso, dizem serem encascalhadas todos os anos. Usam máquinas pesadas e patrulhas mecanizadas para permitir a trafegabilidade nos períodos de chuvas.

Em duas décadas um governo sério já teria pavimentado todas as estradas vicinais com material perene.

Entretanto preferem essas ações para manipular os recursos, (comentam serem superfaturados) aplicados no encascalhamento deficitário. Na primeira chuvarada os buracos e atoleiros denunciam a má qualidade dos serviços executados.

O azeite continua fazendo funcionar a máquina de dinheiro e poder.

Carlos Lima

Feira de Santana

Feira de Santana alagamento na pista
Centro Comercial de Feira de Santana

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