A água que sai do lençol freático no cruzamento das avenidas Presidente Dutra e João Durval, onde a Prefeitura de Feira de Santana está construindo um túnel para desafogar o trânsito, não é apropriada para o consumo humano.
O esclarecimento está sendo feito pelo prefeito José Ronaldo.
Nos últimos dias, críticos das obras de mobilidade urbana realizadas na cidade reclamaram em redes sociais que o Município estaria desperdiçando água, em vez de distribui-la em um caminhão na zona rural.
O prefeito observa que, ao contrário do que tem pregado essas pessoas, não é possível, absolutamente, o aproveitamento para consumo humano da água que sai da região onde está sendo realizada a obra.
“Fiquei perplexo com o nível da crítica que está sendo feita.
Não havendo o que se observar, tecnicamente, algumas pessoas, que não tem conhecimento do assunto, tentam confundir a opinião pública.
Essa água jamais poderia ser utilizada para matar a sede das pessoas na zona rural.
É uma água com coliformes fecais. Como poderíamos coloca-la num caminhão e distribui-la para consumo humano?”.
Ratificando o que diz o prefeito, o secretário de Planejamento do Município, Carlos Brito, explica que água de lençol possui “alto índice de coliformes fecais”, não sendo recomendada para o consumo das pessoas.
Ele também esclarece que não existe desperdício, “diferentemente do que tentam difundir”.
Conforme o secretário, que acompanha de perto a execução do projeto, a água que aflora do lençol freático, durante a obra, tem como destino a drenagem pluvial e dali a bacia do Jacuípe.
Depois, é captada pela barragem de Pedra do Cavalo, tratada pela Embasa e se torna potável, retornando para Feira, aí sim, apropriada para o consumo nas residências.
Brito tranquiliza os feirenses quanto aos boatos:
“Todos podem estar tranquilos em relação a questão ambiental desta obra. Ela está sendo realizada sob rigorosos cuidados para não agredir o lençol freático. Uma intervenção profunda como essa não tem como não apresentar algum grau de transtorno, de desconforto, mas tudo dentro de parâmetros normais”.
Secom