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Pesa sobre Colbert, Fabinho e Ronaldo, suspeição de atos de corrupção/Carlos Lima

Em 2008 o nome de Fernando de Fabinho estava entre as estrelas do prefeito José Ronaldo para ser o candidato a prefeito de Feira de Santana, os fortes laços que os envolviam mantinha a certeza de que na convenção o seu nome fosse homologado.

O que não aconteceu, Fernando de Fabinho foi traído pelo seu amigo e compadre. José Ronaldo indicou o nome de Tarcízio Pimenta, ao justificar sua mudança e posição, afirmando que a “situação jurídica dele era indefensável”.

Será que ele está tentando se redimir, de forma tardia, da traição cometida?

Se for, comete outra. Desde que afirmou o nome do ex-secretário e vereador Justiniano França como o candidato a vice.

Justiniano deixou o cargo de secretário e a Câmara Municipal, acreditando que a indicação de vice de Colbert estava definida. O próprio legislativo exerceu pressão para que Justiniano fosse o indicado.

Na quarta-feira (26), a traição se confirmou, mais uma vez. José Ronaldo indicou o nome de Fernando de Fabinho. Ou seja, recentemente o ex-prefeito se tornou o mais ferrenho adepto da traição. Traiu o povo feirense ao renunciar à prefeitura para ser candidato a governador, sem a mínima possibilidade de ser vitorioso, entregou o município a um político inépto que jamais seria eleito prefeito, se a renúncia não fosse  intempestiva,  traiu o seu partido MDB e agora trai um fiel escudeiro, de longas batalhas políticas, ao qual se dizia amigo, Justiniano França.

Fernando de Fabinho está afastado da politica desde 2010, envolvido em várias denuncias de corrupção.

Sendo uma delas ocorrida em Brasília: “O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (25/3/2010 às 18:26h) abrir ação penal contra o deputado federal Fernando de Fabinho (DEM-BA) por suposto desvio de verba repassada à prefeitura de Santa Bárbara, pelo governo federal, para obras de saneamento básico. Com a decisão, o deputado passa à condição de réu.

Vamos relembrar:

DECISÃO DENÚNCIA – DEFESA PRÉVIA – PRODUÇÃO DE PROVAS – OPORTUNIDADE. 1. Eis como a Assessoria retratou a manifestação do Procurador-Geral da República: O Procurador-Geral da República oferece denúncia contra o Deputado Federal Luiz Fernando de Fabinho Araújo Lima (folha 437 a 442), imputando-lhe a prática do delito previsto no artigo 1º, inciso I, do Decreto-Lei nº 201/67. Consoante apurado no inquérito, o denunciado, na condição de Prefeito de Santa Bárbara, Estado da Bahia, teria desviado, de modo consciente e voluntário, em proveito alheio, recursos públicos federais repassados mediante convênio, ao pagar por obra de saneamento básico, no bairro de Nossa Senhora do Rosário, que não foi executada pela empresa contratada, a Pedrock Construtora Ltda., vencedora no processo licitatório. Requer a produção de provas – documentais e periciais – necessárias à comprovação dos fatos, a oitiva das testemunhas que indica, notificando-se o denunciado para oferecer defesa preliminar, na forma do artigo 4º da Lei nº 8.038/90. Ao fim, preconiza a condenação do denunciado na pena prevista no dispositivo acima referido. 19 de outubro de 2009, às 15h40. Ministro MARCO AURÉLIO Relator

Já em 2009 o Ministério Público Federal do Distrito Federal “ratificou parcialmente” denúncia contra dezenas de políticos, que repassaram a terceiros, passagens de sua cota pessoal de quando foram deputados federais.

O escândalo revelado naquele ano ficou conhecido comoo “farra das passagens”.

A denúncia do MP-DF atingiu nove ex-deputados baianos, dos quais três com base em Feira de Santana. O vice-prefeito Colbert Filho, o secretário de Meio Ambiente Sérgio Carneiro e Fernando de Fabinho, que há anos não ocupa nenhuma função pública.

Sérgio Carneiro é acusado do uso indevido de 73 passagens somando R$ 49.590,26. Colbert, 60 passagens totalizando R$ 46.077,48. E Fernando de Fabinho, 234 passagens no total de R$ 162.348,14.

CPFs

O deputado estadual Targino Machado criticando a indicação, afirmou: “Para ser indicado pelo ex prefeito Zé Ronaldo não precisa ter currículo, basta ter prontuário. Em 2008 Fernando de Fabinho não foi o candidato pois Ronaldo dizia que a situação jurídica dele era indefensável. Não compreendi, o que mudou de lá pra cá! Foram os CPFs?”.

Será que o curriculum adotado, obrigatoriamente, para ser indicado vice de Colbert tem a exigência de ser processado, preso e uma vasta desconfiança de atos de suspeição na administração do erário?

Irreparável e surpreendente é o comportamento do ex-prefeito José Ronaldo ao menosprezar nomes como  Zé Chico, Pablo Roberto, Justiniano França entre outros, para trazer das masmorras políticas,  Fernando de Fabinho.

Como afirma Caetano Veloso, “Narciso detesta tudo que não é espelho”.

Carlos Lima

 

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