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Polícia Federal prende em Feira de Santana diretores da Casa da Paz por fraudes na Campanha do Desarmamento

A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (28/11) a Operação Vulcano, com o objetivo de desarticular organização criminosa responsável por praticar fraudes contra o programa federal denominado Campanha do Desarmamento, em Feira de Santana.

Ao todo estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, seis mandados de prisão temporária e cinco mandados de condução coercitiva, nas cidades de Feira de Santana, Cícero Dantas, Antas e Fortaleza/CE, todos expedidos pela 2ª Vara Federal de Feira de Santana/BA.

Em Feira de Santana os irmãos Nunes, Clovis foi preso em Fortaleza e Carlos em Feira de Santana, acusados de fabricarem armas artesanais que eram repassadas à ONG e recebiam em troca a taxa indenizatória, além disso, são acusados de falsificarem recibos com os quais recebiam outros valores.

A investigação teve início com base em noticia criminal remetido à Superintendência Regional da Policia Federal na Bahia pela Divisão Nacional de Armas do Departamento de Policia Federal, em Brasília – DF, com base em documento encaminhado pela SENASP – Secretaria Nacional de Segurança Pública.

A fraude investigada consistia na inserção fraudulenta de dados de armas inexistentes no sistema DESARMA, bem como o cadastramento de armas artesanais como se fossem de fabricação industrial, a fim de gerar guias de pagamento que podiam variar de R$ 150,00 a R$ 400,00, o que causou prejuízo à União no valor aproximado de R$ 1,3 milhão.

Durante a investigação, apurou-se que das 8800 armas de fogo que geraram indenizações no sistema DESARMA, 4000 armas não existiam e outras 4400 eram de fabricação artesanal, não dando ensejo a qualquer tipo de pagamento nos termos da legislação federal em vigor.

Segundo o delegado Val Gular o esquema envolve policiais militares e várias ONGs de Feira de Santana.

Apurou-se que o núcleo criminoso responsável pela fraude era constituído pelo coordenador nacional de uma ONG, e por voluntários que atuavam em Feira de Santana, na Bahia, além de outros Estados da Federação.  

Fonte: Polícia Federal/Redação

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