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Prefeito afirma que CPI é papel da oposição.

Estamos deduzindo que o grupo de apoio no Legislativo feirense do ex-prefeito e atual prefeito estão se rebelando contra os seus líderes, ao discordarem de uma premissa assumida pelo ex-prefeito José Ronaldo, quando afirmou que CPI é coisa de oposição.

O curioso de toda essa sustentação verbal tem um aspecto demagógico.

Este de rebeldia se consolida na provável instalação de uma CPI referente ao Shopping Popular.

Recentemente ocorreu uma denúncia dos empresários construtores do empreendimento, afirmando que o edil Luiz da Feira teria ido a São Paulo sendo recebido pelo empresário da Construtora UAI, para tentar negociar cerca
de 300 box para pessoas não cadastradas e da sua base política.

Tendo sido orientado para procurara a Prefeitura e cadastrar essas pessoas, não satisfeito pela reposta recebida, o vereador iniciou uma campanha de desconstrução do empreendimento, apresentado na tribuna da casa, denúncias de prováveis irregularidades.

Ao tomar conhecimento das declarações denuncia do vereador os diretores da empresa partiram para o contra ataque e denunciaram que as ações do vereador poderiam ser encaradas como chantagem em virtude da empresa ter se negado em atender as propostas ilegais solicitadas pelo vereador em questão.

Em ato corporativista a corregedora da Câmara Municipal de Feira de Santana, vereadora Gerusa Sampaio, arquivou o processo.

Entretanto os atos beligerantes continuam, dessa vez, o Legislativo assume o papel de protagonista declarando uma possível CPI contra a empresa, em virtude da mesma ter anunciado a negociação de 300 box, após o atendimento dos 1.700 Camêlos cadastrados pela Prefeitura.

Os legisladores procuram reverter a realidade dos fatos, deixando de ser réu para se tornarem acusadores, lembra os processos da inquisição.

Ao que parece existe uma inversão de poderes, uma vez que a obra é de iniciativa Público Privado – PP, e as decisões são tomadas conforme contrato assinado pelo executivo e a empresa.

A postura do Legislativo a ser adotada nesses casos deve ser explicações sobre a legalidade da empresa administradora do Shopping Popular colocar a venda ou até mesmo alugar Box considerados excedentes.

Uma transação comercial que deveria ser transparente está ganhando um auto grau de complexidade.
Quais os interesses que estão por trás desta contenda. Só nos resta aguardar o desfecho de jogo maquiavélico.

Carlos Lima

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