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Saúde em Feira de Santana para ser referência no Nordeste precisa dar uma resposta ao roubo de 100 milhões/Por Carlos Lima

Edval Gomes secretário de Saúde de Feira de Santana

O desejo do novo secretário de Saúde do município de Feira de Santana, Edval Gomes, em elevar o conceito do sistema de saúde feirense a referência no nordeste do país, também compartilhamos.

Mas, não é apenas o desejo que viabilizará algo que já deveria ter acontecido. As condições profissionais já existem a muito tempo.

O que nos falta é uma administração séria, honesta e a utilização da competência profissional existente no município.

Antes de qualquer ação voltada ao resgate, é extremamente importante que o governo municipal e secretaria de Saúde dê resposta clara e objetiva sobre o roubo, desvio, ou como queiram qualificar, do sumiço superior a 100 milhões de reais da Saúde.

Comprovado pela Operação Pityocampa.

O novo secretário de Saúde do município conhece o envolvimento da sua antecessora nesse escândalo. Assume a pasta, não fala em realizar auditoria geral, no mínimo, para conhecer profundamente as reais condições administrativas e financeiras desse sistema que ao longo dos últimos anos vive sob suspeição.

O escândalo financeiro, nota-se, continuará debaixo do tapete.

Segundo plano de ação do secretário Edval Gomes, sua gestão administrativa estará ancorada inicialmente em cinco eixos principais: governança e gestão; tecnologia e conectividade; acesso ao sistema de saúde; satisfação do usuário e ações emergenciais da Covid-19.

Nenhum pilar será edificado na conquista da credibilidade da secretaria de Saúde concernente ao roubo de recursos e vidas (pela ausência dos mesmos, criminosamente roubados) legalmente comprovados pela Justiça, a qual determinou indisponibilidade dos bens do ex-prefeito, ex-secretária de Saúde e outros servidores implicados no ato criminoso.

Dessa forma, nobre secretário, será quase impossível que consiga estabelecer credibilidade, respeito e reconhecimento referencial do Sistema de Saúde de Feira de Santana para o Nordeste.

Sua capacidade administrativa e profissional não está sendo questionada, mas a submissão política pode afetar decisões e destruir conceitos.

Tem um dito popular que afirma: “De boas intenções o inferno está cheio”.

Carlos Lima

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