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Secretaria de Saúde de Feira faz esclarecimento mentiroso e covarde/por Carlos Lima

Fugindo da culpa

Temos exemplos de sobra para nos revoltarmos com o esclarecimento realizado pela Secretaria de Saúde do Município de Feira de Santana, referente ao tratamento  dispensado à senhora Rosilda Vicente da Silva, de 45 anos que foi a óbito pelo coronavírus.

Podemos afirmar e confirmar que população feirense está praticamente desassistida na área de saúde.

O governo municipal não possui política de saúde e está completamente desorientado nas ações de combate ao Covid-19, é uma ausência mais do que criminosa na gestão da disseminação dessa doença.

A política de saúde existente é apenas para justificar, esclarecer erros, descasos, crimes e incompetências praticadas, repetidamente, por esse governo desqualificado e insensível às necessidades da população mais carente.

A prova inconteste está nos comentários que circulam na cidade e nos esclarecimentos divulgados pelo governo Colbert Martins, sobre a morte da comerciária Rosilda Vicente da Silva, de 45 anos, por Covid-19.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que todas as pessoas com sinais suspeitos devam ser testadas. O que não aconteceu com a senhora Rosilda ao ser examinada em  duas policlínicas da rede municipal de saúde.

Se testarmos apenas casos graves, chegamos a um número irreal da doença.  Fato que vem acontecendo em Feira de Santana. Sem falarmos dos casos assintomáticos ou com sintomas leves que não estão sendo diagnosticados pela Secretaria Municipal de Saúde.

Será a falta testes? Onde está o dinheiro que a prefeitura recebeu para combater o coronavírus?

Aplicou tudo no Hospital de Campanha de funcionamento precário até o presente momento.

Quantas pessoas que tiveram contato com a comerciária podem ter contraído o Covid-19, se ela nem sabia ser portadora do vírus.

Qual a investigação e rastreamento, feito pela equipe de saúde para evitar uma cadeia de transmissão?

Nenhum. Apenas esclarece que a paciente faleceu na Upa do Estado, chegando em caráter de emergência, regulada por uma clínica particular, depois de passar por duas unidades de saúde do município que diante dos sintomas apresentados, não teve o atendimento devido, quando apresentava um quadro suspeito.

Nessas situações os testes devem ser realizados com urgência para se evita agravamento da doença e das condições de transmissão.

O teste rápido deve ser realizado em pessoas que apresentem sinais e sintomas do vírus, ou seja, o teste rápido fornece parte das informações que vão determinar o resultado.

Porque a Secretaria de Saúde não fornece informações sobre a realização de testes diariamente no município?

Os  filhos que perderam sua mãe de apenas 45 anos de vida, e a população, não vão  entender, nunca, como o governo municipal teve a coragem de publicar um esclarecimento tão mentiroso e covarde.

Carlos Lima

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