Respondendo as declarações da arquiteta e urbanista Maria de Fátima, o secretário Planejamento de Feira de Santana, Carlos Brito, argumentou que as posições adotadas pela profissional não se justificam e não encontram amparo legal para inviabilizar o projeto.
Diz ainda que outras cidades no país que aderiram ao projeto de mobilidade nacional apresentam extensões menores do que 6 km.
Um projeto desse porte não pode ser realizado de uma única vez para toda a cidade, os custos são astronômicos e devem ser construídos por etapas.
O secretário Brito deu alguns exemplos: Projeto “Alberto Craveiro, em Fortaleza, tem apenas 3 km, Belo Horizonte tem um corredor na área central de 1,5 km, a praia de Belas, em Porto Alegre, 5,5 Km, na cidade baixa, também em Porto Alegre, 3,2 km. Todos esses têm menos de 6 km de extensão. Então a colocação de que o BRT só se justifica se tiver grandes extensões não se sustenta”, disse ele.
Analisando a situação no município, Brito afirmou que 13% da população feirense usa ônibus, mas existe uma demanda reprimida de 36%, por causa da qualidade do serviço que é prestado atualmente.
Na entrevista da arquiteta, ela afirmou que a Avenida Getúlio Vargas não possui engarrafamentos que possa justificar a implantação do BRT e que o desenho do projeto foi mal elaborado.
Um grande equivoco, reconhecível e justificável para quem não mora em Feira de Santana e não conhece o seu dia a dia.
Dizer que: “Isso acarreta na retirada de árvores para passar a pista de ônibus, cujo volume de veículos é pequeno”. outro equívoco.
A retirada de árvores é insignificante diante da extensão da Avenida e da área por onde a linha do BRT será implantada.
O secretário ainda afirmou que: “A Getúlio Vargas absorve a comunidade do SIM, via Corredor dos Araçás, FTC, Santo Antônio dos Prazeres, Jaíba, Aeroporto, que vão para a estação de integração e descem a Getúlio Vargas. A Getúlio se tornará um corredor exclusivo e será urbanizada. A cidade cresce hoje em todas as direções.”
Outras declarações de políticos afirmando que o Ministério das Cidades vai fazer gestão junto a Caixa Econômica para suspender o financiamento alegando que o projeto apresentado foi um e o financiado foi outro, também não encontrará amparo legal. Pelas informações colhidas por repórteres do cljornal, esse argumento não se sustenta, CEF não poderá simplesmente suspender o financiamento.
Se existiu alguma modificação, foi técnica, não houve alteração de valores para mais ou para menos, o que pode ter ocorrido foram correções estruturais de melhoramento do projeto.
Além do mais, a obra do BRT é um projeto municipal, atendendo um chamamento do governo federal para se criar maior mobilidade urbana em todo o país. Os recursos aplicados serão pagos pelo próprio município. Essas informações são de conhecimento público.
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