Tempo - Tutiempo.net

Vereador David Neto denuncia procurador Carlos Lucena e omissão das Polícias Rodoviária e Militar em Feira de Santana

A denúncia é do vereador David Neto, com base em informações do radialista Carlos Valadares. Segundo o vereador, o procurador geral do município de Feira de Santana, Carlos Lucena, “dirigindo alcoolizado”, teria colidido com um táxi, evadido do local e sido abordado, mas sua prisão foi “acobertada” pela Polícia Rodoviária Federal e pela Polícia Militar. Em sua opinião, o caso merece investigação do Ministério Público.

Em seu pronunciamento na tribuna da Casa da Cidadania, na manhã desta terça-feira (08), o vereador disse que esse acontecimento foi “jogado para debaixo do tapete, foi escondido. 

O único que se pronunciou a respeito deste assunto foi o radialista Carlos Valadares, no programa de Aldo Matos”, lamentou.

David relatou também que o procurador teve também o apoio de uma ambulância do SAMU, que, segundo ele, conduziu Carlos Lucena para o Hospital Unimed. “Ai eu pergunto a vocês: por que não encaminharam o procurador para uma delegacia? “Teria que ser preso, se fosse um filho meu, eu mandava conduzir”, disse o edil, argumentando que a lei tem que ser igual para todo mudo.

Em consonância com David Neto, o vereador Edvaldo Lima (PP) afirmou que se um cidadão comum fosse pego dirigindo embriagado “estaria preso até hoje. Infelizmente, as autoridades deste país são assim: cometem o pecado, mas como são autoridades, elas ficam impunes”, reclamou.

O vereador José Carneiro disse que é preciso ter prudência com denúncias e afirmou que ninguém está livre de cometer acidente de trânsito.

No entanto, ele observa que se for comprovado que Carlos Lucena estava realmente embriagado ao volante, o procurador tem que prestar esclarecimentos.

O vereador Pablo Roberto (PT) declarou que a denúncia é grave e precisa ser apurada, uma vez que, além da suposta embriaguez no trânsito, tem a questão da suposta omissão das autoridades policiais no cumprimento da lei, a intervenção do SAMU e o prejuízo do taxista.

Ele sugeriu que a Casa da Cidadania encaminhe requerimentos solicitando um posicionamento do Comando Geral da Polícia Militar do Estado da Bahia, bem como da Secretária Municipal de Saúde e do Ministério Público Federal.

“Diante da denúncia de Vossa Excelência esta Casa não deve se furtar a isso. Eu acho que o procurador deve sim se pronunciar acerca disso, e esta Casa também procurar tomar as devidas providências, no sentido de identificar quais foram às autoridades que deveriam fazer cumprir a lei, mas não fizeram”, disse o vereador Plabo.

O líder da bancada de oposição na Câmara, Alberto Nery (PT) também sugeriu ao vereador David Neto que solicitasse da Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal um parecer, já que PRF está envolvida no caso.

“Que o Ministério Público Federal também nos forneça uma declaração relacionada à denúncia trazida nesta manhã”. Ele concorda que, diante da gravidade da denúncia, tem que haver uma averiguação concisa do desenrolar real dos fatos.

O vereador Correia Zezito (PTB), que é policial militar, disse que o procurador Carlos Lucena cometeu a infração de trânsito no Anel de Contorno, que, conforme o edil, se trata de um trecho sob jurisdição da Polícia Rodoviária Federal.

“A Polícia Militar foi chamada, estava no local, segundo a rádio divulgou, tomou todas as providências e passou o caso para a Polícia Rodoviária Federal”, afirmou Correia, ressaltando que a PM não tem mais nada a ver com o caso.

Novamente com o uso da palavra, o vereador José Carneiro disse que, se a denúncia for verdadeira, houve omissão dos policiais, porque não cumpriram o que determina a Lei Seca.

Observação do site

A situação precisa de muito mais esclarecimentos, mesmo porque a nossa reportagem possui maiores detalhes sobre o caso. Alguns taxistas que prestaram solidariedade ao colega que sofreu prejuízo material provocado pelo veículo conduzido pelo procurador acrescentaram detalhes que no momento não foram relatados. (redação do cljornal) 

Fonte: Ascom – Feira de Santana/Redação cljornal

OUTRAS NOTÍCIAS