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Vereador Zé Filé afirma: políticos evangélicos sambam no pé do caboclo por votos/por Carlos Lima

Os tentáculos dos falsos profetas
O vereador Zé Filé (PSD) em seu pronunciamento na Tribuna da Câmara, na manhã de segunda-feira (30), afirmou sem medo de cometer qualquer erro, “Os evangélicos chegam a sambar no pé do caboclo em busca de votos”.
Com certeza o vereador fez uma de suas assertivas mais corretas.
Um fato inquestionável é que de norte a sul, de leste a oeste, em todo Brasil encontramos milhões de pessoas frequentando as igrejas evangélicas. Contudo, se pode afirmar que boa parte daqueles que participam de seus ajuntamentos religiosos, não foram regenerados pelo Espírito de Deus, nem tampouco se converteram ao Senhor.
Na verdade a maioria incontável de “evangélicos” pode ser catalogados no rol dos falsos convertidos.
Isso porque, os seus testemunhos não condizem com sua fé, o que por si só nos fazem ruborizar de vergonha.
Senão bastasse, é absolutamente perceptível à ausência de arrependimento entre os chamados evangélicos, visto que a fé professada por esses não tem redundado em mudança de comportamento e vida.
A prática mais desenvolvida é tirar dos pobres em nome do “Senhor” e usá-los como trampolim político para o favorecimento dos seus projetos pessoais.
Zé Filé em seu discurso se referiu à campanha encerrada no domingo (29), com a vitória do prefeito Colbert Martins Filho (MDB).
“Eleição vale tudo e a hipocrisia é grande. Tinha quem dizia que Igor Kannário não prestava para cantar na Micareta, se chegou a encaminhar ofício (ao Governo) para que não fosse contratado. Tinha de fechar às portas para ele, mas no último sábado o cantor estava subindo e descendo a cidade fazendo campanha eleitoral para o seu candidato. Se elegeram com o voto de quem?”, questiona.
O vereador declarou que não se esconde nem fica em cima do muro confirmando o apoio ao candidato derrotado Zé Neto (PT).
Parabenizou pela “campanha limpa, postura educada e excelente votação”.
Ao cumprimentar o atual prefeito pela reeleição, cobrou dele que, na próxima gestão, priorize as necessidades da população, especialmente, dos residentes nos distritos, aumentando a dotação orçamentária destinada para investimento na zona rural.
Já o vereador Evangélico, Edvaldo Lima (MDB), que encabeçou a campanha contra Igor kannário na Micareta de Feira de Santana, enviando ofício ao prefeito, solicitando que o cantor não fosse contratado, minimizou a participação dele na campanha de Colbert Filho.
Afirmando que foram os cristãos evangélicos que “carregaram a campanha nas costas”. “Foram eles os responsáveis pela vitória do candidato Colbert Martins Filho (MDB), reeleito prefeito do município”.
Na verdade, evangélicos como Edvaldo Lima, deixaram de pregar a Palavra de Deus e passaram a pregar um evangelho de bens materiais, de conteúdo financeiro, falsos, milagres e enriquecimento fácil e rápido.
A liturgia foi entregue nas mãos de músicos, cantores e pastores sem formação teológica que passaram a conduzir os cultos. O objetivo específico é a arrecadação de recursos pecuniários e ampliar e arregimentar um maior número de “fiéis”, para engordar os dízimos.
Observamos que na maioria dos casos, os cultos se torna um espetáculo quase bizarro de apelo à contribuição financeira, explicitada pela transformação de textos bíblicos em apelos vergonhosos.
Criam conceitos desprovidos de verdades evangélicas levando a Igreja a ter uma percepção totalmente confusa de quem seja Deus e das condições fundamentais do que seja a fé cristã.
O culto de louvor a Deus foi transformado em um ato de convencimento de doação de dinheiro para serem aplicados naquilo que eles chamam de obras de Deus.
Tornaram-se especialistas no convencimento e na utilização da indústria do entretenimento que passou a ser o ápice comportamental de inúmeras igrejas.
Os fiéis desfrutam de um culto recheado de muita música, arte, teatro e shows. A pregação do evangelho se tornou o recheio de um bolo fermentando para produzir dinheiro e a recompensa, segundo eles, é a salvação eterna.
O critério majoritariamente usado para se tornar membro da Igreja é pagar regularmente o dízimo e contribuir financeiramente com todas campanhas para as obra de Deus, selecionadas por eles, sem contestar.
Depois da declaração do vereador Edvaldo Lima qual será a obrigação e contribuição do governo Colbert Filho para com estes evangélicos que afirmam serem os responsáveis pela sua reeleição?
Carlos Lima

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