Os representantes eleitos pelo povo na Câmara Municipal de Feira de Santana gozam de vantagens que os mantém apartado da realidade do trabalhador brasileiro.
A começar pelos salários e se estende pelo uso dos recessos, que significam férias privilegiadas, entre outras vantagens que fere o princípio da plausibilidade.
Após o recesso parlamentar do mês de junho. Ontem, quarta feira (12), aconteceu à última sessão do ano de 2018.
Mais uma vez estarão usufruindo de descanso e repouso prolongado e remunerado. Retornando as atividades parlamentares em primeiro de fevereiro de 2019.
Indaga-se: o que justifica esse distanciamento entre um politico, – na maioria das vezes desqualificados na representatividade, – da defesa dos interesses da população?
O que se percebe é que existe algo de podre nesse tipo de comportamento que nos faz lembrar remota à época do coronelismo.
Onde o grande proprietário rural de comportamento despótico e patriarcal que, por força do consenso geral de um sistema de obrigações e favores, assumindo em sua pessoa atribuições de caráter privativo; público e poder de vida e morte sobre um povo.
Deixa de ser imperativa a defesa da população, em primeiro lugar está a defesa dos interesses pessoais.
Os vereadores por desconhecerem a realidade sobre a qual deveriam legislar são verdadeiros bufões da corte.
Exemplo:
Transporte público que jamais utilizam no seu dia a dia, e ainda defendem os interesses empresariais.
Saúde: Fazem do sistema um trampolim político e não se voltam para as dificuldades existentes do setor, do qual também não se utilizam.
Educação: Seus filhos jamais estudam em escolas públicas, negociam com a rede privada de ensino em detrimento da luta pela melhoria da qualidade do ensino público.
Segurança: A segurança pública é um segmento diferenciado, a que lhes são ofertada, não são as mesmas recebidas pela população.
Fica uma pergunta que não quer calar:
Como podem defender seguimentos sociais dos quais não possuem o mínimo conhecimento?
Seria o mesmo que legislar sobre armamento nuclear ou a existência do homem em Marte.
Sabem perfeitamente que ambos os casos lhes são totalmente estranhos.
Esse modelo político é injusto e desigual, se mostra incompetente, inoperante e distante dos reais interesses da população. Privilegia poucos e penaliza muitos.
Sem dúvida é uma função que coloca em cheque a República, que tem como premissa combater a desigualdade social e professa que todos são iguais diante da Lei.
Mas quem provoca essas distorções sociais são, em grande parte, políticos que legislam em causa própria, mantendo-se distantes das carência e interesses do povo e da nação.
Carlos Lima