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A rebelião das prostitutas

Nesta quarta-feira (12) uma notificação extrajudicial deverá ser encaminhada para o Ministério da Saúde por parte de todas as prostitutas que participaram da campanha de prevenção à aids que foi vetada e depois modificada pela pasta. Elas exigem a suspensão de todas as peças da campanha. Segundo a presidente da Rede Brasileira de Prostitutas, Gabriela Leite, será formalizado também o fim da parceria com o ministério.

As participantes alegam radical mudança da campanha original, feita a partir de uma oficina de prevenção. Em nota, a Rede observa que o governo retirou do ar peças que tratam de felicidade (com dizeres “Sou feliz sendo prostituta”), de cidadania (com slogan “O sonho maior é que a sociedade nos veja como cidadãs”) e da luta contra a violência (“Não aceitar as pessoas da forma que elas são é uma violência”), deixando apenas as que associam prevenção com camisinha. “A valorização da autoestima é essencial. Não concordamos com a nova abordagem do governo”, disse Gabriela.

Ela observa ainda que a organização não participará de nenhuma outra iniciativa com o Ministério da Saúde, fato que vinha acontecendo desde 1989.

Procurado, o Ministério da Saúde não se manifestou.

Fonte: Redação / Estadão

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