A Polícia Federal abriu um inquérito próprio para investigar a Andrade Gutierrez, que é uma das maiores empreiteiras do País, além de sócia em empresas como Oi e Cemig – nesta última, a empresa conseguiu costurar com os governos do PSDB, em Minas, um acordo de acionistas favorável, que lhe dá amplos poderes sobre a gestão.
Coincidência ou não, a Andrade foi a maior doadora de recursos da campanha do senador Aécio Neves, em 2014.
O inquérito aberto contra a Andrade, e noticiado pelos jornalistas Gabriel Mascarenhas, Aguirre Talento e Rubens Valente (leia aqui), diz respeito a denúncias de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, que diz ter recebido propina da empreiteira.
“A empresa, mesmo após ganhar algum contrato no âmbito da Diretoria de Abastecimento, custava a depositar o valor devido ao PP”, afirmou Costa.
Depois, ele disse que a questão passou a ser tratada com o lobista Fernando Baiano, que está preso. “Isto significou que os valores pagos por aquela empreiteira passariam a ser destinados ao PMDB, que tinha em Fernando Soares seu operador”.
Baiano é amigo próximo do presidente da Andrade, Otávio Azevedo. Segundo Costa, os dois tinham até negócios comuns.
Quem também mencionou a empresa em sua delação foi o doleiro Alberto Youssef. “Quem tratava na Andrade era o Fernando Soares e provavelmente com o presidente do conselho, que era o doutor Otavio (Azevedo).”
Fonte: Brasil 247