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Bolívia afirma que o Brasil pode ser seu parceiro na industrialização do lítio junto com a Rússia

Bolívia, Brasil, Rússia e o lítio

“É claro que a Bolívia está aberta a atrair parceiros de múltiplas partes do mundo. Acordos e intenções de negócios já foram assinados com a China e com a Rússia.

Esperamos também parceiros europeus, também da região e com o nível de tecnologia e desenvolvimento industrial que o Brasil tem pode ser um parceiro ideal, especialmente para a indústria de eletromobilidade”, explicou.

A aproximação entre os dois países aconteceu no Fórum Empresarial Bolívia-Brasil, realizado por ocasião da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, à cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra, na terça-feira (9).

Questionado sobre quais outros produtos a Bolívia pode exportar para o Brasil, além do gás natural, ele respondeu que, “neste momento, temos um grande potencial em fertilizantes como ureia e ulexita, mas os presidentes Arce e Lula também falaram do grande potencial agroindustrial que tem a Bolívia.

Frutas, grãos e cereais, carne, apesar de o Brasil ser um importante produtor de carne, ainda exige e a Bolívia tem um grande potencial.”

Na reunião bilateral, os líderes assinaram dez acordos de cooperação em áreas como hidrocarbonetos, eletricidade, imigração, combate ao tráfico de droga, saúde, fertilizantes, entre outras.

A Bolívia possui a maior reserva de lítio do mundo, com 23 milhões de toneladas, que está localizada principalmente em Uyuni, no departamento de Potosí, segundo dados da estatal Yacimientos del Litio Boliviano (YLB).

A Bolívia pretende instalar quatro plantas industriais até 2025, em acordo com empresas da China e da Rússia, com tecnologia de Extração Direta de Lítio (EDL).

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