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Bolsonaro: ascensão do mal/ Por Sérgio Jones

Alemães identificam semelhança de Bolsonaro com Hitler

Existe uma infinidade de definições que pode ser explicada como conceito do mal. Entretanto, para a filosofia o mal representa a mediocridade do não pensar, e não exatamente o desejo ou a premeditação do mal, personificado e alinhado ao sujeito.

Este conceito se aplica e se ajusta como uma luva quando temos como elemento emblemático a figura deletéria do presidente genocida Jair Bolsonaro.

Ao decretar o indulto ao deputado Daniel Silveira, ele pratica um atentado à democracia constitucional, à República e à Constituição. Segundo explicações de especialistas do setor jurídico. Que definem o ato como uma medida política tirânica, com traços que remetem ao nazismo.

A ascensão do nazismo tupiniquim tem características similares, respeitando as devidas proporções, com o padrão alemão: declarado desprezo à democracia liberal, o nacionalismo extremado, a exaltação à violência, entre outras atitudes produzida por uma mente doente.

O triste de toda essa realidade brasileira é que o fato ocorre justamente com a aprovação de parte do povo composto por pessoas desinformadas que se tornam em excelente massa de manobra. Que é amplamente aproveitada por tipos variados de oportunista e manipuladores, que beneficiam-se no tráfico e na propagação de falsas verdades.

Ato que pode ser considerado similar a prática de algumas religiões que tem proliferado no país. Principalmente no seio de comunidades carentes e abandonadas pelo poder público.

Essas pessoas se tornam alvos fáceis do tráfico e da barganha da fé que tem sob o seu comando alguns pastores inescrupulosos que praticam essa modalidade de crime, tendo como meta obter vantagens meramente financeiras.

O mais grave e triste em toda essa situação deletéria é que essa prática perversa conta com as bênçãos e até mesmo incentivo do governo, que por extensão obtém dividendos políticos e financeiros.

Talvez tal comportamento explique a aproximação de Jair Bolsonaro, nada casual, a este tipo de prática em que, parte de alguns segmentos religiosos, se utilizam da fé para promover enriquecimento ilícito, de uma reduzida casta de pseudos pastores.

Alguns renomados juristas defendem que diante de uma trágica situação como a que se apresenta atualmente no país, é preciso ter calma na reação, agir de forma institucional correta.

O indulto a Daniel Silveira, concedido graciosamente pelo presidente Bolsonaro, o que busca ele ao praticar essa ação é se posicionar como o guardião da Constituição, ou seja, o intérprete final da Constituição.

Para os juristas brasileiros, cabe ao Supremo o papel de ser o guardião da Constituição, de ser o intérprete final da Constituição, não a Bolsonaro.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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