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Brasil é campeão de homofobia e assassinatos de homossexuais

Estima-se que a cada 28 horas, um homossexual morre de forma violenta no Brasil.

Mas não se sabe quantos desses casos tiveram a homofobia como motivação principal.

Hoje, se uma pessoa sofrer uma agressão física ou for xingada, pelo simples fato de ser homossexual, ela vai chegar numa delegacia de polícia pra prestar queixa, mas não vai conseguir registrar o caso como homofobia.

Porque não existe esse crime na legislação brasileira.

A homofobia não é considerada crime, e por isso casos de violência contra homossexuais recebem  menos atenção da polícia.

Em algumas vezes a própria vítima é insultada no momento que vai registrar o fato na polícia.

Ser homossexual no Brasil é um fator de risco.

É o que mostra o relatório produzido pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), entidade de reconhecimento internacional e que há 30 anos monitora os casos de violência contra homossexuais.

Segundo o relatório, o número de assassinatos de homossexuais cresceu  mais 115% nos últimos anos. Estes dados colocam o Brasil como o campeão mundial de assassinatos.

O fato é que o preconceito tem criado uma situação que encoraja e legitima a violência. Para combater esta situação é que está em tramitação no Senado um projeto de lei que torna crime a discriminação a homossexuais.

O antropólogo e fundador do GGB, Luiz Mott, explica que as mortes são, em sua ampla maioria, provocadas pelo fato das vítimas serem homossexuais.

Há casos explícitos de ódio, em que os criminosos deixam recados do tipo “odeio gay” ou praticam violência extrema, como castração.

“A aprovação da lei que criminaliza o preconceito é importante, mas não pode vir sozinha. Caberá aos, homossexuais, fazê-la aplicar”, afirma Luiz Mott.

Com informações do GGB

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