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COMPARE OS MONSTROS DO PASSADO COM MEU GOVERNO, DISSE DILMA.

A presidente Dilma Rousseff (PT), que disputa a reeleição, rebateu, nesta segunda-feira (6), crítica do seu adversário, Aécio Neves (PSDB).

“Compare a minha recessão com a dele. Compare os ‘monstros do passado’ com o que está acontecendo no meu governo. Ele pode usar retórica, mas a realidade se imporá”, disse ela.

Mais cedo, o tucano afirmou que “os brasileiros têm medo dos monstros do presente, a corrupção, a inflação alta e a recessão”.

Dilma se reuniu nessa segunda feira com integrantes da coordenação de sua campanha à reeleição durante toda a manhã e tarde.

Ela informou que vai começar sua campanha à reeleição com uma reunião entre governadores e senadores eleitos no primeiro turno que compõem a base aliada. Disse também que vai iniciar as viagens pelo Nordeste.

“A tendência é começar pelo Nordeste, Sul, ir para Minas e São Paulo na sequência”, disse.

A presidente ainda respondeu a questionamentos sobre a reação do mercado financeiro em relação à composição do segundo turno das eleições.
Nesta segunda-feira (7), o Ibovespa teve alta de quase 7% e o dólar caiu 2%, num movimento que, segundo analistas, indica uma predileção do mercado financeiro a Aécio.

“Desconfio que os investidores podem fazer tudo, mas não ganham uma eleição. Quem ganha e vota no Brasil chama-se povo brasileiro”, afirmou.

Questionada sobre a equipe econômica de um eventual governo tucano, Dilma atacou o ex-ministro da Fazenda durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, Armínio Fraga, indicado por Aécio como futuro ministro da Fazenda caso o tucano vença o segundo turno.

“Indicar o ministro Armínio Fraga é um complicador para ele [Aécio]. Porque foi justamente no período em que o Armínio Fraga era ministro que a inflação no Brasil saiu por duas vezes do limite superior da política de metas.

Em 2001, a inflação foi a 7,7% e 2002 foi a 12,5%. Além disso, foi na gestão do Armínio Fraga que tivemos a maior taxa de juros desse período, 45%”, disse.

Na conversa, Dilma foi questionada sobre a declaração de FHC, que hoje culpou a má informação dos mais pobres pelo voto no PT.

“É muito interessante. A conta sempre cai na conta dos pobres. Os ricos nunca são culpados de nada”, lamentou.

“O Brasil que nós recebemos deles, mais da metade do Brasil era composta de pobres e miseráveis. Hoje, o Brasil está diferente. De cada quatro brasileiros, três estão na classe média majoritariamente, ou acima, nas classes A e B. Temos uma mudança substantiva no perfil dos que são hoje a maioria do país.”          

Fonte: Cadu Gomes

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