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Delator afirma que Eliseu Padilha recebeu R$ 1 milhão da Odebrecht

A cara dos inocentes

Uma planilha apreendida pela Polícia Federal na casa de Maria Lúcia Tavares, ex-funcionária da Odebrecht, informa o pagamento de R$ 1 milhão a “Angorá”, no dia 18 de agosto de 2014.

O documento é do setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, também conhecido como departamento da propina da empreiteira.

Em delação premiada, o ex-diretor de relações institucionais do grupo Cláudio Melo Filho afirma que o “Angorá”, neste caso, é o atual ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. As informações são do jornal O Globo.

Gato angorá também é um velho apelido do secretário de Parcerias de Investimentos Públicos, Moreira Franco, dado ainda pelo ex-governador Leonel Brizola, um de seus desafetos políticos.

Moreira também está na lista dos suspeitos de receber repasses da Odebrecht.

“No caso em concreto o codinome utilizado pelo setor de operações estruturadas para definir Eliseu Padilha nesta operação financeira foi ‘Angorá’.

A título de informação, que reforça a relação de representação entre Eliseu Padilha e Moreira Franco, este último tem apelido de Gato Angorá”, diz trecho da delação destacado pelo jornal.

Cláudio Melo Filho afirma que doou R$ 10 milhões para o PMDB, a pedido do presidente Michel Temer.

Desse total, R$ 6 milhões foram destinados, segundo ele, para a campanha de Paulo Skaf (PMDB) ao governo de São Paulo, em 2014, e R$ 4 milhões para Eliseu Padilha.

O ministro da Casa Civil nega ter recebido o dinheiro.

“Não fui candidato em 2014. Nunca tratei de arrecadação para deputados ou para quem quer que seja”, respondeu ao Globo.

De acordo com ele, a declaração do ex-executivo da empreiteira é “uma mentira”.

A Odebrecht não se manifesta sobre o assunto.

Com informações de o Globo

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