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Deputados bolsonaristas financiam ataques com verba parlamentar, diz PGR

Deputados bolsonaristas

O jornal O Globo afirma ter tido acesso exclusivo ao inquérito dos atos antidemocráticos, que indica que deputados bolsonaristas são investigados por supostamente usar verba de gabinete para financiar ataques às instituições.

Segundo o inquérito, Bia Kicis (DF), Guiga Peixoto (SP), Aline Sleutjes (PR) e General Girão (RN) repassaram R$ 30,3 mil para a empresa Inclutech Tecnologia, do marqueteiro Sérgio Lima, que cuida do Aliança pelo Brasil. Todos os citados negam irregularidades.

 “(…) no ecossistema de redes sociais e propagação de ideias de mobilização social e realização de manifestações ostensivas nas ruas, há participação de parlamentares tanto na expressão e formulação de mensagens, quanto na sua propagação e visibilidade, quanto no convívio e financiamento de profissionais na área”, anotou a PGR.

Segundo o jornal, a PGR também investigará as doações que Sara Winter recebeu através de plataforma de financiamento coletiva para arcar com os custos do grupo 300 do Brasil.

No Vakinha, ela conseguiu arrecadar mais de R$ 70 mil – mas o site suspendeu a arrecadação após operação de busca e apreensão determinada contra Sara pelo Supremo Tribunal Federal.

De acordo com a PGR, na véspera do protesto em frente ao STF com fogos de artifício, o grupo de Sara teria conseguido arrecadar R$ 10 mil. Os “300” negam participação neste ato, embora pelo menos cinco membros tenham sido presos por causa disso.

A PGR também está calculando os ganhos financeiros de sites e canais no youtube alinhados ao bolsonarismo. “Dois deles podem ter ganhado mais de R$ 150 mil com a exibição dos atos”, diz O Globo.

“A arrecadação provém de publicidade, parcerias, assinaturas e eventuais compras de produtos oferecidos pelos canais, detalha Jacques. O cálculo se baseia no relatório de uma empresa especializada em análises estatísticas de páginas do YouTube.”

Luis Nassif

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