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Eleições 2016 deixa 28 mortos até o dia de hoje

Tiroteio e mortes na campanha eleitoral

Desde junho, antes do registro de candidaturas, ao menos 28 aspirantes a cargo eletivo foram mortos.

José Gomes da Rocha, o candidato a prefeito morto ontem em Itumbiara (GO), foi o mais recente, até o fechamento deste texto. Esta eleição está mais violenta do que outras?

Difícil saber.

O presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, manifestou preocupação ao ver ocorrer uma morte numa região que conhece bem, mas a situação já estava preocupante antes.

A Justiça Eleitoral contabilizava nesta semana 100 candidatos que morreram após se candidatarem.

É normal: o coração, o câncer e acidentes variados não têm hora. Mas 15 desses 100 estão entre os que sabemos terem morrido assassinados.

Os outros 12 do levantamento morreram antes do prazo de candidatura. Um desistiu.

Na maior parte dos casos, os mortos são candidatos a vereador.

Parte das mortes pode estar ligada à criminalidade urbana: ao menos um quarto dos mortos tinha carreira como policial e pelo menos proporção semelhante tinha acusação prévia de envolvimento com crime organizado.

Isso ocorre especialmente no Rio de Janeiro, Estado que concentra mais de um terço das mortes.

Marcelo Soares

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