Tempo - Tutiempo.net

Em vez de zerar, governo prevê déficit nas contas públicas até o final do mandato de Bolsonaro

Foto: Mauro Pimentel / AFP / CP

Em vez de zerar o déficit nas contas públicas, a equipe econômica já projeta rombo no Tesouro Nacional até o final do mandato do presidente Jair Bolsonaro. O cenário, pior do que o previsto pelo Ministério da Economia, mostra, segundo assessores de Paulo Guedes, a importância de se aprovar a reforma da Previdência Social ainda em 2019.

Neste ano, o governo tem a autorização para fechar as contas no vermelho em até R$ 139 bilhões, mas espera que fique abaixo deste patamar. Para o próximo ano, o cenário mais pessimista do que o previsto já fez a equipe econômica a elevar o déficit de até R$ 110 bilhões para até R$ 124, bilhões. Em 2021, o governo fecharia com um déficit de até R$ 68,5 bilhões.

E, agora, a equipe de Paulo Guedes também já prevê um rombo nas contas públicas, de até R$ 34,1 bilhões, em 2022, último ano do atual mandato do presidente Bolsonaro. Os técnicos do Ministério da Economia alertam que, sem a reforma da Previdência, o cenário fica pior do que o atual, no qual, apesar dos rombos persistirem, eles vão caindo ao longo dos próximos anos.

Confirmado o rombo em 2022, será o nono ano consecutivo de déficit primário nas contas públicas federais, que não leva em conta o pagamento de juros da dívida pública. Sem equacionar a crise fiscal, o país não terá a volta de um crescimento sustentável.

Apesar dos dados negativos, a equipe de Paulo Guedes acredita que, ao longo do mandato do presidente Bolsonaro, será possível lançar outras medidas, além da reforma da Previdência, para reduzir o déficit público. Entre elas, o ousado plano de privatização, que permitiria reduzir a dívida pública e diminuir o gasto do governo federal com o pagamento de juros.

 Valdo Cruz

OUTRAS NOTÍCIAS