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Impunidade de Pazuello repercute mal nos quartéis e comandantes temem participação política de oficiais a partir de agora

Comandante do Exercito, general Paulo Sérgio

A decisão do comandante do Exército, Paulo Sérgio Oliveira, de não punir o ex-ministro da Saúde e general Eduardo Pazuello por participação em ato político ao lado de Jair Bolsonaro já repercute negativamente nos quartéis, segundo a Folha de S. Paulo.

Comandantes de tropas do Exército estão se articulando para conter os danos do posicionamento da instituição em relação ao caso Pazuello.

Os superiores passarão a orientar seus subordinados para que não participem de atos como as “motociatas” de Bolsonaro.

À Folha, comandantes de tropas disseram que temem uma maior aproximação de seus comandados com o mundo político depois da decisão de não punição de Pazuello.

A impunidade do ex-ministro e general, que causou revolta, foi apoiada pelo Alto Comando do Exército, segundo o Estado de S. Paulo.

A cúpula da instituição avaliou que a decisão de Paulo Sérgio Oliveira foi necessária para evitar uma segunda crise nas Forças Armadas em dois meses.

A primeira teria sido a saída dos comandantes das três armas junto com a do ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva.

A submissão do Exército a Bolsonaro, no entanto, causa temor de que os militares possam voltar a se submeter aos desejos do chefe do governo federal novamente em outros momentos.

Generais avaliam que, apesar da polêmica em torno da absolvição de Pazuello, “qualquer solução seria ruim” neste caso.

Brasil

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