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Investigações de Mercadante e Aloysio na Lava Jato não têm relação com Petrobras

Mercadante e Aloysio

Investigações sobre o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante (PT), e sobre o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) ficarão separadas da apuração sobre o esquema de corrupção na Petrobras no Supremo Tribunal Federal.

A Procuradoria-Geral da República pede para investigar os dois por suposto recebimento de dinheiro ilícito na campanha eleitoral, mas sem relacionar os casos do petista e do tucano ao pagamento de propina para obtenção de contratos da estatal.

A avaliação é de que os dois não teriam participação na intermediação dos negócios da companhia.

As informações foram levadas ao conhecimento do ministro Teori Zavascki e, segundo investigadores, os dois casos serão redistribuídos a outros ministros da Corte.

Já o inquérito que investiga o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, por suposto uso de dinheiro oriundo de propina na campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff, contudo, continua no gabinete de Zavascki, que é relator das investigações sobre o esquema na Petrobras na Corte.

Os três políticos foram citados na delação do dono da UTC, Ricardo Pessoa. Em depoimentos, o empreiteiro disse ter doado R$ 500 mil a Mercadante em 2010, quando o ministro disputou o governo de São Paulo.

Afirmou ainda ter doado a Aloysio Nunes R$ 300 mil de forma oficial e R$ 200 mil via caixa 2 no mesmo ano.

Doação

No caso de Mercadante e do senador tucano, a apuração deve recair sobre questões ligadas à área eleitoral, como fraude de documentos e recebimento de dinheiro de caixa 2.

Investigadores querem saber se o ministro da Casa Civil e o tucano sabiam da origem ilícita do dinheiro de Pessoa, o que, se confirmado, poderia caracterizar ainda lavagem de dinheiro.

As peças encaminhadas pelo próprio procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sobre a investigação do ministro da Casa Civil e do senador tucano apontam diferença entre os dois casos e as irregularidades praticadas na estatal.

A redistribuição de processos no STF é feita a partir de sorteio, após análise da presidência do Tribunal.

Beatriz Bula

 

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