No país da canalhice aplaudida pela mídia que o Brasil está se tornando não causa espécie que Roberto Jefferson volte a ser incensado pela imprensa.
Ontem, depois de desfilar no Congresso, foi a estrela do Roda Viva, com a sua autodefinição de “bandido com ética”.
E declarou que o “prazo de validade” de Eduardo Cunha se extingue com o impeachment de Dilma.
“Ele sabe que a missão dele se exaure, a missão dele será completada. Depois de apertar o botão do painel da votação, ele vai ser afastado pelo STF, não tenho dúvidas disso. Este é o momento do suspiro dele., mas não podemos pular com você’.”
Mas, francamente, ninguém – e muito menos Jefferson – pode achar que Eduardo Cunha não se precaveu contra isso.
Os “instintos mais primitivos” de Cunha não são diferentes do que ele é: ardiloso, chantagista, manipulador.
Não adianta Jefferson mudar de “bandido favorito” – título que ele deu a Cunha alguns dias atrás – e derramar-se em elogios a Temer.
Tirando o Augusto Nunes e outros jornalistas que acham que a pornográfica exibição do ex-barítono faz parte do vale tudo, ninguém no mundo da política quer conversa com ele.