Tempo - Tutiempo.net

Jogador que matou a vizinha em Guarujá (SP) alega que a culpa foi da cocaína

Suspeito de ter matado a facadas a vizinha em Guarujá, no litoral de São Paulo, na madrugada desta quarta-feira (7), o lateral-esquerdo Gianluca Girolano, que neste ano teve uma breve passagem por um time de Santa Catarina, disse que agiu sem pensar, sob influência do uso de cocaína.

 

O corpo da vítima, que estava nua, foi encontrado no apartamento onde morava, um andar abaixo de onde vive o suspeito. Iara Maria Matana tinha 56 anos, morava sozinha e trabalhava como corretora de imóveis. A polícia chegou até o corpo após Barbara Rabelo, filha de Iara, ter ligado para o prédio e pedido ajuda para o porteiro e amigos da vítima.

 

Cláudio Rossi, delegado titular de Guarujá, disse que as suspeitas recaíram sobre o jogador graças a relatos da própria vítima, que disse à filha que Gianluca a estava perseguindo há cerca de duas semanas. “Os policiais foram até o apartamento do suspeito, apreenderam roupas sujas de sangue e observaram que as unhas dele também estavam sujas.

 

A princípio ele negou. A mulher dele deu uma versão que entrou em conflito com a versão que ele tinha passado, o que aumentou a desconfiança e a suspeita que tinha sido ele o autor do crime. Assim foi até que ele, se vendo acuado, confessou, dizendo que havia matado a vizinha por conta de uma discussão sobre barulho. Após isso, foi entregue a faca que estava na casa dele, suja de sangue”, explica.

 

Gianluca cometeu alguns crimes quando menor, entre eles roubo e posse de drogas. Depois de maior, o jogador teve uma passagem por desacato. Ele disse que agiu por impulso. “Não foi ato pensado, foi impulso. Não tenho nem noção do que eu fiz. Primeiramente, eu quero que a família dela me perdoe, de coração, estou arrependido por ter estragado o meu futuro também. Não fui eu, foi a cocaína”, diz.

 

Iara havia contado para a filha que o vizinho a estava perseguindo desde que ela interfonou para Gianluca, após escutar ele e a esposa discutindo. Para a polícia, o crime pode ter tido outra motivação, não apenas a discussão com a vizinha. Entre as hipóteses, não está descartada a intenção de estuprar a vítima.

 

A vítima foi encontrada nua, com as nádegas lambuzadas de óleo e ketchup. “Era para brincar mesmo, para zoar. Pensei em colocar fogo no corpo dela, mas me controlei. Ia fazer um negócio de terrorismo, que não era minha cara”, fala o jogador.

 

Segundo a polícia, Iara foi morta por volta das 19h30 de terça-feira (6). Gianluca teria permanecido no apartamento da vítima até às 2h, quando subiu para o seu e tentou se desfazer das provas que havia juntado contra si, entre elas, a chave da casa de Iara, que tentou se livrar jogando na privada, as roupas sujas de sangue que tentou lavar e a faca usada no crime.

 

 

 

 

 

Fonte: Redação/ G1

OUTRAS NOTÍCIAS