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Lula recebe título em Salamanca e afirma que o Brasil continuará a surpreender o mundo

O Brasil continuará “surpreendendo o mundo”, afirmou nesta quarta-feira 23 o ex-presidente Lula, na Espanha, onde recebeu seu 27º título de doutor honoris causa, desta vez da Universidade de Salamanca.

Em seu discurso, Lula agradeceu a homenagem por parte de uma instituição tão tradicional, com quase 800 anos de idade, e ressaltou os avanços do Brasil na Educação.

Segundo ele, tudo o que está sendo realizado na área tem o sentido de proporcionar um futuro melhor para as próximas gerações. “Esta é a maior garantia de que o Brasil continuará se transformando e surpreendendo o mundo com novas e profundas transformações”, afirmou.

Ele também lembrou como o País tem lutado, nos últimos 11 anos, para avançar na Educação, após séculos de atraso, com programas como o Reuni, o Prouni e o FIES. “Tivemos que enfrentar o preconceito das elites, que nunca confiaram na capacidade do povo brasileiro”, discursou.
Lula acrescentou, depois de destacar os programas sociais de seu governo, na luta para acabar com a fome, que as elites “trataram os pobres como um problema sem solução, e o povo brasileiro demonstrou que, na verdade, os pobres e os trabalhadores são a parte essencial das soluções”.

Para o petista, no entanto, “libertar-se de um ciclo histórico de desigualdade e injustiça foi apenas o primeiro passo”. De acordo com ele, “o Brasil tem um longo caminho pela frente e muitos desafios a superar.

O mais importante de todos é garantir a educação das crianças e jovens, para que tenham um futuro melhor, com as oportunidades que foram negadas a seus pais e avós”.

O ex-presidente afirmou também que, durante seu governo e o de sua sucessora, a presidente Dilma Rousseff, o orçamento federal para a Educação foi triplicado e supera hoje os 33 bilhões de euros. “Nenhum outro país ampliou tanto o investimento em Educação nesse período, de acordo com os indicadores da OCDE”.

Ele lembrou ainda que, nesses 11 anos, foram abertas 18 universidades e 146 novos campi, além de adotado um sistema de cotas que favorece o acesso de negros e indígenas ao ensino superior. “Graças a essas iniciativas, o número de estudantes nas universidades públicas e privadas dobrou para 7 milhões”, disse.    

Fonte: Reuters/B.247/Redação

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