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Mauro Carlesse é o 3º governador afastado no mandato 2019-2022

Mauro Carlesse é o 3º governador afastado no mandato 2019-2022

O governador do Tocantins, Mauro Carlesse (PSL) —  afastado na quarta-feira do cargo pelo Superior Tribunal de Justiça —, não é o único chefe do executivo estadual a ser obrigado a deixar o cargo neste mandato (2019-2022).

Outros dois já foram afastados por impeachment ou decisão judicial.

Em agosto do de 2020, o então governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), deixou de exercer o cargo após decisão judicial, em processo que levou ao impeachment do ex-juiz este ano.

Em outubro de 2020, foi a vez de Carlos Moisés (PSL), de Santa Catarina, que ficou 31 dias longe de seu posto.

Em março deste ano, ele voltou a se afastar do cargo, após decisão da Assembleia Legislativa do estado, mas retornou em maio, depois de ser absolvido. Entenda:

Após determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Witzel foi afastado de seu cargo no governo do Rio por 180 dias, em agosto de 2020.

Em abril deste ano, seu impeachment foi aprovado por unanimidade no Tribunal Especial Misto (TEM), depois de ser acusado de crime de responsabilidade por fraudes na contratação de duas organizações sociais, uma delas, o Iabas, responsável por hospitais de campanha para tratar pacientes de Covid.

O primeiro afastamento do governador de Santa Catarina foi determinado em 27 de outubro de 2020. Na ocasião, Moisés era investigado por crime de responsabilidade ao conceder aumento salarial aos procuradores do estado. Cerca de 31 dias depois, foi absolvido pelo tribunal de impeachment da ocasião.

Já em em março deste ano, Carlos Moisés foi novamente afastado por suspeita de crime de responsabilidade, ao comprar 200 respiradores no início da pandemia, por R$ 33 milhões, com dispensa de licitação.

Até maio, somente 50 haviam sido entregues. O governador catarinense voltou a ser absolvido pelo tribunal especial montado na Assembleia Legislativa do estado e hoje segue à frente do cargo.

Outros mandatos

Além do trio, Luiz Fernando Pezão (MDB), ex-governador do Rio preso em 2018, e José Roberto Arruda (PL), que comandava o Distrito Federal e perdeu o cargo em 2010, também podem ser acrescentados à lista.

Então governador do Rio, Pezão foi preso pela Polícia Federal em novembro de 2018, em ação da força-tarefa da Lava Jato.

O mandado de prisão foi expedido no contexto da Operação Boca de Lobo, baseada na delação premiada de Carlos Miranda, operador financeiro de outro ex-governador fluminense, Sérgio Cabral.

Em junho deste ano, Pezão foi condenado a 98 anos, 11 meses e 11 dias de prisão por crimes de corrupção passiva, ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Preso em fevereiro de 2010, o então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, deixou seu cargo sob acusação de tentar subornar uma testemunha do esquema de corrupção que atingiu o governo do DF, empresários e deputados distritais, conhecido como mensalão do DEM.

Aquela foi a primeira vez no regime democrático em que um governador foi preso no exercício do mandato.

Com isso, ele teve seu afastamento determinado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Arruda foi condenado pelos crimes de falsidade ideológica e corrupção de testemunha pelo MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios), no contexto da Operação Caixa de Pandora.

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