Considerada a rainha do rádio, a cantora Angela Maria morreu na madrugada deste domingo (30), aos 89 anos, após ficar 34 dias internada no Hospital Sancta Maggiore, em São Paulo, devido a uma infecção generalizada.
A morte foi anunciada pelo marido da cantora Daniel D´Angelo, na página oficial da artista no Facebook, que postou um vídeo muito emocionado dizendo que a esposa estava sofrendo muito.
O velório, às 10 horas deste domingo, e o sepultamento ocorreu, às 16 horas, na zona sul da capital paulista, no Cemitério.
De acordo com informações da unidade do Itaim Bibi do Hospital Sancta Maggiore, onde a artista estava internada desde o final de agosto por causa de uma infecção generalizada, ela não resistiu a uma parada cardíaca.
Nascida em Conceição de Macabu, no Rio de Janeiro, Abelim Maria da Cunha assumiu o nome artístico de Angela Maria e começou a carreira de cantora aos 19 anos, em 1947.
Gravou dezenas de sucessos e ganhou o título de “Rainha do Rádio”, graças a eleição na edição de 1954 do tradicional concurso criado pela Associação Brasileira de Rádio.
A intérprete se notabilizou como uma representante do gênero samba-canção, que surgiu no Brasil nos anos 1930.
O último álbum de estúdio da artista foi “Angela Maria e as Canções de Roberto & Erasmo”, lançado em 2017, pela gravadora Biscoito Fino.
Ao longo da carreira, a cantora promoveu parcerias com Roberto Carlos, Gal Costa, Caetano Veloso, Agnaldo Timóteo, Alcione, Cauby Peixoto, Fafá de Belém, Ney Matogrosso, entre outros.
Segundo o marido, “no dia 25 (de agosto), ela passou mal, e acabei levando ela para o hospital. Ela não queria ir, de jeito nenhum, afirmando: ‘tenho show hoje’. E a coisa era mais complicada, ela teve uma infecção abdominal que evoluiu e foi tomando conta dos órgãos. Ela lutou, teve um AVC, e depois de 10 dias sem voltar, fizeram uma ressonância e viram outro AVC mais complicado. Foram 34 dias de hospital”.
“A despedida foi uma coisa muito marcante. Vivíamos há 40 anos juntos, éramos muito juntos. Eu desci para a lanchonete para tomar café uns 45 minutos, que era o tempo de darem banho e trocar ela. E quando subi na UTI, tinha uma médica ao lado e uma enfermeira. Eu vi o cobertor e toquei o pé dela. A médica disse: ‘Seu Daniel, o coração dela parou. O senhor pode sair?’. Eu não acreditei”, relembra ele.
Vamos relembrar a nossa rainha Ângela Maria em especial apresentação em Rolando Boldrin
