Uma tarde qualquer na segunda quinzena do mês de abril der 2014, estava conversando com alguns amigos no Dom Café do Shopping Boulevard, em Feira de Santana, quando foi abordado o preconceito sobre os idosos.
Comentamos sofre o sofrimento que é imposto ao ser humano idoso. Na maioria das vezes é indescritível o que imposto ao idoso em nosso país.
Essa discriminação, sofrimento e abandono são infligidos pela sociedade e de forma quase inacreditável pela própria família.
Seja conscientemente ou não, eles estão constantemente agredindo – impiedosamente – os seus idosos.
Em nosso município, especialmente, esse desrespeito pode ser visto nas ruas, nos lares, nas filas de bancos e instituições, nas escolas e até mesmo nas clínicas especializadas para cuidar de pessoas idosas.
Todos sabem que na Constituição Federal está escrito que o respeito é direito de todos e que somos iguais perante a Lei.
Vamos ressaltar que está escrito na Constituição, na prática não é o que acontece.
O idoso é peça descartável na engrenagem humana, em nosso país. Sua experiência não é reconhecida, as empresas não possuem oferta de emprego para pessoas mais velhas. Aos 45 anos de idade se perder o emprego, raramente consegue outro.
Trabalho acima de 50 anos é praticamente impossível. Se tiver a sorte de completar 60 é um desastre, passa a ser um estorvo, um embaraço, para a sociedade e para a família.
Já estão procurando a melhorar maneira de se ver livre do velho, que só atrapalha.
Um questionamento que foi feito durante os comentários: De que adianta aumentar o índice de vida do ser humano?
Hoje no Brasil afirmam que a nossa longevidade é de 75 anos. Para quê, se perdemos o reconhecimento da nossa capacidade produtiva a partir dos 50 anos. A partir dos 60 a precocupação é o que fazer com o idoso, vai precisar de cuidados especiais, quem fica com ele e assim por diante.
Ficou claro que os comentários eram voltados para a maioria dos idosos em nosso país, mesmo porque existe uma minoria que não passa por essas situações.
É necessário não nos distanciarmos dessa realidade, mesmo porque, nos dias atuais os idosos são a maior parte habitacional no país.
Em Feira de Santana a discriminação para com o idoso é constatada diariamente nas ruas, especialmente nos pontos de ônibus, o descaso de alguns motoristas que tiram, irresponsavelmente, o direito de o idoso utilizar o sistema de transporte coletivo.
A revolta e o descaso dos governantes em desenvolver políticas educacionais e de amparo ao idoso ficou evidenciada.
Nos países orientais, a velhice é um mérito. É algo que merece reverência, glorificação, respeito mútuo. Velhice é sinônimo de sabedoria.
Vivemos uma vida que proporciona retornos, tudo o que fazemos se reverte para nós mesmos. Um dia você também será idoso. Respeitar é saber viver em sociedade.
Fonte: Carlos Lima