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Pai abusava da filha de 14 anos desde que ela tinha 4, vítima se mutilava

Um pai confessou ter abusado da própria filha durante dez anos. De acordo com a equipe da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), o crime só foi descoberto porque a menina se mutilava.

Os abusos aconteciam na casa onde a adolescente, hoje com 14 anos, que mora com os pais. O homem, de 35 anos, a levava para o quarto do casal e cometia o crime. “Ele confessou espontaneamente toda essa prática sexual e alegou, em sua defesa, que a jovem o aliciava. É uma versão que nós sabemos que não se sustenta, é uma versão absurda, mas foi o que ele disse”, afirmou o delegado Lorenzo Pazolini.

O suspeito disse que acredita que pode ser perdoado. “Com certeza eu vou pedir perdão. Acho que tem perdão”, destacou o pai da vítima.

A jovem contou para o delegado que os abusos sexuais começaram quando ela ainda tinha quatro anos. “Essa jovem foi aliciada e foi abusada durante dez anos pelo próprio pai biológico. Ela, então, diante desse quadro caótico, passou a se mutilar”, contou o delegado.

Segundo a polícia, toda a verdade veio à tona depois que uma amiga da jovem viu os ferimentos no corpo dela. Ao perguntar o que era aquilo, a vítima contou detalhes dos abusos. Foi essa amiga que aconselhou a adolescente a contar a verdade para a família.

Foi então que, segundo a polícia, a mãe tomou conhecimento. “Ela relatou que durante um certo período o pai passava a mão, alisava o corpo da jovem com ela despida e, posteriormente a isso, ele passou a praticar conjunção carnal, ou seja, sexo com a própria filha”, relatou Pazolini.

As relações sexuais se intensificaram após o autor do crime ficar desempregado e passar mais tempo em casa. Ao ser denunciado, ele fugiu para Aracruz, onde foi preso, mas antes disso, fez uma série de ameaças à jovem. “Há relatos de ameaças. Ele dizia que se esse fato chegasse até o conhecimento da polícia ele mataria toda a família”, disse o delegado.

O autor do crime foi autuado por estupro de vulnerável com o agravante de ser pai da vítima.

Folha Vitoria

 

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