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Polícia Federal faz buscas em endereços de Roberto Jefferson, Luciano Hang e blogueiros

Reprodução

A Polícia Federal realizou buscas e apreensões nesta quinta-feira (27) no âmbito do inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura produção de informações falsas e ameaças à Corte — conhecido como “inquérito das fake news”.

Entre os alvos estão o ex-deputado federal Roberto Jefferson; o empresário Luciano Hang, dono da Havan; os blogueiros Allan dos Santos e Winston Lima (veja a lista completa abaixo). Eles são aliados do presidente Jair Bolsonaro.

As medidas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

Policiais fizeram buscas em dois endereços de Jefferson: um na cidade de Comendador Levy Gasparian e outro em Petrópolis, ambas no Rio de Janeiro.
Hang teve buscas em dois endereços em Brusque e um em Balneário Camboriú, em Santa Catarina.

Além desses dois estados, mandados foram cumpridos em São Paulo, no Mato Grosso, no Paraná e no Distrito Federal. Ao todo, a operação teve 29 mandados de busca e apreensão.

Ao longo das investigações, laudos técnicos demonstraram que um grupo produz e dissemina as informações falsas, sempre seguindo o padrão de mesmos tipos de mensagens e mesma periodicidade. Foram identificados pelo menos quatro financiadores desse grupo.

Os alvos dos mandados desta quarta-feira (27) são:

Luciano Hang (SC): empresário, dono da Havan, apoiou Bolsonaro durante a eleição de 2018 e segue aliado do presidente.

Roberto Jefferson (RJ): ex-deputado federal preso no Mensalão. Seu partido, o PTB, declarou apoio a Bolsonaro em 2018. Nas redes, tem defendido o presidente e criticado o STF, pedindo que Bolsonaro aposente compulsoriamente os ministros

Allan dos Santos (DF): blogueiro e um dos fundadores do site “Terça Livre”.

Sara Winter (DF): blogueira. Em uma rede social, se define como “ativista pró-vida e pró-família, analista política e conferencista internacional”

Winston Lima (DF): blogueiro, dono do canal no YouTube “Cafezinho com Pimenta”, onde transmite diariamente as falas de Bolsonaro na saída do Palácio do Alvorada. Promove manifestações de apoio ao presidente.

Edgard Corona (SP): empresário, dono das redes de academia SmartFit e BioRitmo (SP)

Edson Pires Salomão (SP): assessor parlamentar do deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP)

Enzo Leonardo Suzi (SP): youtuber no canal no YouTube “Enzuh”.

Marcos Bellizia (SP): um dos líderes do movimento “Nas Ruas”.

Otavio Fakhoury (SP): Investidor do setor imobiliário, um dos fundadores da Aliança para o Brasil e colaborador do site “Crítica Nacional”

Rafael Moreno (SP)

Rodrigo Barbosa Ribeiro (SP): assessor parlamentar do deputado Douglas Garcia (PSL) e líder do “Movimento Conservador” em Araraquara

Paulo Gonçalves Bezerra (RJ)

Reynaldo Bianchi Júnior (RJ): humorista, músico e palestrante

Bernardo Kuster (PR): em uma rede social, se define como diretor de opinião do jornal “Brasil Sem Medo”

Eduardo Fabris Portella (PR)

Marcelo Stachin (MT): nas redes sociais, é defensor de Bolsonaro e com frequência se manifesta contrário ao STF

Deputados que serão ouvidos

O ministro Moraes determinou ainda que deputados deverão ser ouvidos no inquérito em até 10 dias. Eles não foram alvos de mandados nesta quarta (veja aqui o que eles disseram sobre a determinação). Moraes ordenou que sejam preservadas as postagens dos parlamentares em redes sociais. São eles:

Deputados federais

Bia Kicis (PSL-DF)
Carla Zambelli (PSL-SP)
Daniel Silveira (PSL-RJ)
Filipe Barros (PSL-PR)
Junio Amaral (PSL-MG)
Luiz Phillipe de Orleans e Bragança (PSL-SP)

Deputados estaduais

Douglas Garcia (PSL-SP)
Gil Diniz (PSL-SP)

Gabriel Palma, Márcio Falcão e Isabela Camargo, TV Globo e GloboNews

 

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