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Presidente da Ucrânia distribui armas para a população e pede uso de coquetel molotov

Volodymyr Zelensky presidente da Ucrânia

O presidente da Ucrânia, o humorista Volodimir Zelenski, lamentou, em discurso televisionado na noite desta quinta-feira (24), o que chamou de abandono por parte de líderes ocidentais frente à invasão da Rússia.

“Nos deixaram sozinhos para defender nosso Estado”, afirmou. “Quem está disposto a lutar conosco? Não vejo ninguém. Quem está disposto a dar à Ucrânia uma garantia de adesão à Otan? Todos estão com medo”, lamentou.

O segundo dia da campanha militar russa contra a Ucrânia começou com uma intensificação do cerco à capital do país, Kiev. Forças de Vladimir Putin voltaram a bombardear a cidade.

O movimento parece confirmar a hipótese de que a Rússia de fato mira Kiev como seu principal alvo nesta guerra, ainda que haja combates e ataques ocorrendo em quase todas as partes do país —inclusive o oeste, área considerada mais imune devido à sua proximidade da fronteira com a membro da Otan (aliança militar ocidental) Polônia.

Os moradores da capital acordaram com sons de explosões de mísseis balísticos, provavelmente modelos Iskander lançados de Belarus, e de cruzeiro, disparados de aviões. Um caça Su-27 ucraniano, modelo soviético usado por Moscou e Kiev, foi abatido sobre a cidade e caiu sobre um bloco residencial, deixando um número incerto de vítimas.

Armas para civis e coquetel molotov

Ao reclamar do ‘abandono’ do Ocidente, o presidente da Ucrânia garantiu que está distribuindo armas para a população civil, “para que todos os cidadãos ucranianos ajudem no combate aos russos”, disse.

Ele também anunciou ontem que homens de 18 a 60 anos estão proibidos de deixar o país em meio ao avanço militar da Rússia na região.

O Ministério da Defesa da Ucrânia disse haver registrado a infiltração de russos na capital Kiev e pediu para que moradores avisem a polícia e joguem coquetéis molotov se avistarem suspeitos.

No pronunciamento, Zelenski afirmou que ele e sua família não vão deixar a Ucrânia, ainda que, segundo ele, Moscou os tenha identificado como “alvo número um”. Estima-se que 100.000 pessoas tenham deixado o país quando explosões e tiros atingiram as principais cidades.

RPP

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