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Rio: Mãe monta armadilha para prender homem que assediava sua filha

Após pedir ajuda à polícia e nada ser feito, a mãe de uma menina de 12 anos que estava sendo vítima de assédio resolveu agir por conta própria. Temendo que a filha fosse abusada, ela mesma fez uma armadilha para encontrar o homem que telefonava diariamente para a menina.

 

Nas várias ligações recebidas em casa, o acusado perguntava se a garota estava de camisola, como eram suas partes íntimas e onde estavam seus pais. Com medo, a menina revelou para a mãe, que procurou ajuda policial, e não teve sucesso. “Procurei duas delegacias, e lá me falaram que era mais fácil eu trocar a minha linha telefônica, pois não podiam fazer nada porque ele não chegou a abusar dela. Então, fiquei em desespero”.

 

Foi a partir daí que a mãe resolveu tomar uma atitude: passou a atender os telefonemas fingindo ser a filha. “Fui entrando no jogo dele, conversando como se fosse ela. Quando ele falou para mim que tinha namorado uma de 10 e uma de 14, eu pensei: ‘ah, ele quer fazer a minha filha a próxima vítima’. Ele voltou a ligar e marcou um encontro e nós fomos. Quando ele chegou próximo a ela, segurou… ela perguntou: ‘é o Bruno, você?’ Ele se identificou como Bruno. Ele foi segurar o braço dela e eu falei: você solta a minha filha, porque agora eu vou chamar a polícia”, contou a mãe.

 

O homem foi agredido por pessoas que estavam no local. Ele foi identificado como Luiz Felipe de Menezes, de 57 anos, e acabou preso. O pai da menina criticou a falta de atitude dos policiais das duas delegacias, onde a família fez as denúncias. “Acho que isso foi um descaso absurdo. A gente não sabe… Então, a gente vai pedir ajuda a quem?”, questionou.

 

Em nota, a Polícia Civil diz que todos os agentes, mesmo nas delegacias não especializadas, têm obrigação de fazer o registro de ocorrência. E quando não houver crime devem direcionar o cidadão ao órgão competente. De acordo com a nota, o atendimento dos policiais procurados pelos pais da criança não estava de acordo com as diretrizes da instituição.

 

Fonte: Redação/ G1

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