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Sentença do caso Telexfree pode sair até a metade desse ano diz promotora

A promotora Alessandra Marques espera que processo contra a Telexfree seja concluído até a metade de 2014.

Quando o Ministério Público do Acre ajuizou a ação na Justiça e conseguiu bloquear os pagamentos e novas adesões da Telexfree, em junho de 2013, a promotora Alessandra Garcia Marques, titular da Promotoria de Defesa do Consumidor do órgão, estava em período de férias.

Agora, passados quase nove meses do processo a promotora se tornou uma das figuras centrais do processo. Prestes a completar 17 anos à frente da Promotoria de Defesa do Consumidor, a promotora Alessandra falou sobre o processo contra a empresa, suspeita de operar um esquema de pirâmide financeira, acreditando que seja concluído até o meio do ano.

Disse que já esperava a reação negativa dos divulgadores, e em muitos casos chega a se comover com algumas narrativas.

Na entrevista ela afirmou que o marketing multinível no Brasil, em que pese não existir legislação específica sobre ele, não é ilícito.

Explicou que, o que era ilícito era a formação de pirâmide e esse fato acontecia no modelo de negócio da Telexfree. A venda do Voip, (Voice over Internet Protocol), sistema de telefonia pela internet vendido pela Telexfree, era apenas uma forma de remuneração dentre as oito ou nove formas que a empresa operava.

Visualizando o negócio, se percebe que ele se sustenta basicamente com o ingresso de novas pessoas nas redes e não com a venda do Voip. Até porque todo mundo que ela ouviu e que investiu na Telexfree, dizia que nem usava Voip, uns nem sabiam para que servisse.

Durante a entrevista a promotora afirmou que a intervenção do Ministério Público se deu antes que o negócio ruísse, visando impedir prejuízos depois.

Salientou que existem operadoras de plano de saúde, que fecharam e deixaram os consumidores a ver navios. Além dos mandados de prisão que há oito anos estão na promotoria e não se localiza o empresário que foi embora.

É muito mais difícil você buscar a reparação do que as pessoas investiram, depois que o negócio rui, do que no começo, disse a promotora.

 
Confirmou que a indignação das pessoas é porque o negócio ainda não havia ruído, ele ainda estava no auge, no boom, as pessoas ainda estavam investindo, mas o que elas não conseguiam ver é que ele tinha data de validade. Só não sabiam o dia, mas ele tinha prazo de validade.

Atualmente o processo está na fase de produção de provas. Vai ser feita a perícia e depois disso será o julgamento final do processo.

Segundo a promotora “o processo já está no fim, quer dizer é uma ação que não tem um ano e já está do meio pro fim. E que nem no recesso de Natal foi suspensa a tramitação, eu atuei nela, a juíza atuou. O que tem atrasado um pouco é o comportamento da empresa. Que recorre sem fundamento, que propõe incidentes no processo, isso é o que está atrapalhando.”

No final disse que: “Eu me comovo com as pessoas humildes que investiram e não sabiam no que estavam entrando, isso não tenha nenhuma dúvida! Não são todos, mas grande parte.”

Estamos divulgando parte da entrevista da promotora Alessandra Marques, atendendo a diversos E-mails recebidos após a publicação da matéria “O Ministério Público afirma que a TelexFree não possui bens para ressarcir todos os divulgadores “. A partir de agora todas as novidades sobre esse processo serão publicados em nosso site, inclusive a posição dos diretores da telexfree. Aguardadem mais novidades.   

Fonte: Redação

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