A crise econômica e política brasileira viajaram com Michel Temer para a reunião semestral do Mercosul, desta vez realizada em Mendoza, na Argentina.
Um dia depois de chancelar o primeiro aumento de impostos de seu curto mandato, Temer teve de responder a uma bateria de perguntas sobre o tema.
Depois de dizer que os brasileiros “iam entender” a alta de tributo que pode fazer a gasolina subir até 0,41 centavos por litro para o consumidor, nesta sexta-feira foi a vez de o mandatário se mostrar compreensivo com as críticas recebidas pela medida.
“Eu compreendo a reação da Fiesp, nós estamos dialogando, conversando e creio que todos compreenderão.”
O presidente brasileiro se referia à reação contrária da poderosa associação de empresários paulistas, que pagou anúncios nos principais jornais brasileiros nesta sexta para criticar o aumento do PIS/Cofins, dois tributos que incidem sobre os combustíveis.
A Fiesp também ressuscitou seu pato amarelo inflável símbolo da campanha empresarial que rejeita alta de impostos sob o slogan “quem vai pagar o pato?”. A crítica é um dado politicamente importante porque a Fiesp e seu pato inflável, um dos mais ativos atores da campanha pelo impeachment de Dilma Rousseff, agora se voltam contra o Governo que ajudaram a instalar.
El País