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Veja o discurso do presidente da França após reunião do Conselho de Defesa

Presidente Francois Hollande

Após reunir-se hoje (14) de manhã com seus principais ministros, que formam o Conselho de Defesa, o presidente francês, François Hollande, fez um discurso pedindo unidade.

Ele classificou os atentados terroristas que mataram 127 pessoas, ocorridos na noite de ontem (13) em Paris, um “ato de guerra”, e disse que, diante de atos de guerra, o “país deve tomar decisões apropriadas”.

Veja a íntegra do discurso:

“O que aconteceu ontem em Paris e em Saint-Denis, perto do Estádio de França, foi um ato de guerra e, diante da guerra, o país deve tomar ecisões apropriadas. Foi um ato de guerra cometido por uma organização armada terrorista, Daech, uma força armada jihadista, contra a França, contra os valores que nós defendemos, contra o que somos: um país livre que fala da união no planeta.

Um ato de guerra que foi preparado, organizado, planejado no exterior, e com cumplicidade interna, que as investigações poderão esclarecer. Um ato de barbárie absoluta. Até agora, 127 mortos e numerosos feridos. As famílias estão em sofrimento, em angústia. O país está desolado.

Decretei um luto de três dias. Todos as medidas para proteger nossos cidadãos e nosso território serão adotadas em um quadro de estado de urgência. As forças de segurança interna e o Exército – a quem rendo homenagens, notadamente pela ação de ontem que permitiu neutralizar a ação dos terroristas –, o Exército e as forças de segurança foram mobilizados ao nível máximo de suas possibilidades.

Todos os dispositivos foram reforçados no nível máximo de segurança. Os militares vão patrulhar toda Paris nos próximos dias.

Porque a França foi atacada covardemente, vergonhosamente, violentamente, ela será implacável com os bárbaros da força armada Daech.

A França vai agir no âmbito da lei, com todos os meios e em todas as frentes, tanto internas quanto externas, em consulta com os nossos aliados que estão sendo afetados por esta ameaça terrorista.

Nesse momento tão grave, tão doloroso e tão decisivo para nosso país, eu apelo à unidade e me dirijo ao Parlamento para que se reúna em Congresso em Versalhes, na segunda, para unir a nação em torno desse evento.

A França é forte e, mesmo ferida, ela se levanta sempre e nada poderá destrui-la mesmo se a dor toma conta dela.

A França é sólida, é ativa, a França é valente e triunfará sobre essa barbárie.

A história nos lembra e a força que somos capazes de mobilizar hoje nos convence disso.

Caros compatriotas, esses que nos defenderam são nossa pátria, e é bom que seja assim. Esses são os valores humanitários e a França saberá tomar suas responsabilidades. Eu vos apelo a essa unidade indispensável. Viva a República, Viva a França!

Edição: Lana Cristina

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