O líder da República Popular de Donetsk (RPD), Denis Pushilin, disse ter encontrado provas diretas de ajuda da Aliança Atlântica aos nacionalistas ucranianos. Mais tarde, a Defesa russa disse ter achado provas do programa de armas biológicas na Ucrânia financiado pelos EUA.
Neste domingo (6), o líder da RPD, Denis Pushilin, anunciou em uma coletiva de imprensa que em uma das sedes dos nazistas ucranianos em Donbass foi encontrado um notebook com número de registro da OTAN, o que prova o estatuto secreto do aparelho.
Aquele mesmo notebook com etiqueta da OTAN que foi encontrado [na sede] do Pravy Sektor (organização extremista proibida na Rússia)
“Os militantes dos batalhões nacionalistas têm acesso de alto nível de confidencialidade [concedido] pela Aliança Atlântica. Nesse notebook havia um mapa detalhado da área com a localização marcada das nossas subunidades”, disse Pushilin.
Tudo isso, segundo o chefe da república recém-reconhecida, prova o apoio direito da OTAN aos nacionalistas ucranianos.
Além disso, a Defesa russa informa a cada dia sobre eliminação de equipamento bélico fornecido à Ucrânia pelo Ocidente. Hoje, a Milícia Popular de Donetsk apresentou vídeos de armamento produzido em países da OTAN e capturado das Forças Armadas da Ucrânia no sul do país. No vídeo podem ser observados sistemas britânicos NLAW, Javelin norte-americanos e munições de origem búlgara.
Ele também adicionou que uma ofensiva contra Donbass e Crimeia foi planejada pelas Forças Armadas da Ucrânia para o segundo trimestre de 2022.
Defesa russa encontra provas de programa de armas biológicas
Mais tarde nesse mesmo dia (6), o representante oficial da Defesa russa, Igor Konashenkov, informou durante uma coletiva de imprensa que os militares russos encontraram provas de um programa de guerra biológicas em laboratórios ucranianos perto da fronteira com a Rússia.
Segundo o porta-voz, com o início da operação russa o Pentágono apresentou preocupações de que os experimentos biológicos secretos no território da Ucrânia venham à tona e os vestígios do programa foram eliminados com urgência.
“Durante a realização da operação militar especial, foram desvendados fatos de limpeza de emergência por parte do regime de Kiev de vestígios do programa biológico militar financiado pelo Departamento de Defesa dos EUA”, detalhou, acrescentando que com o começo da operação russa “o Pentágono tinha séries preocupações sobre a divulgação da realização de experimentos biológicos secretos na Ucrânia”.
Entre outros, foram encontrados patógenos altamente perigosos de peste e antraz.
Ex-premiê ucraniano: OTAN planejava iniciar guerra mundial contra Rússia com uso de armas nucleares
Nikolai Azarov, ex-primeiro-ministro da Ucrânia, disse que a Rússia decidiu restaurar ordem na Ucrânia para evitar uma terceira guerra mundial e um ataque ao seu território.
“Para evitar uma terceira guerra mundial e um ataque à Rússia com uso de armas nucleares, o governo russo tomou a decisão de controlar esta situação e restaurar a ordem na Ucrânia“, escreveu ele em sua conta no Facebook.
De acordo com o ex-premiê, as tropas ucranianas sob a liderança de batalhões nacionalistas estavam se preparando para iniciar uma operação militar em Donbass em 25 de fevereiro.
“Um dia antes do início da guerra para aniquilamento da população de língua russa no Donbass, foram tomadas decisões marcantes. Sob o controle dos batalhões nacionalistas, o Exército ucraniano estava se preparando para iniciar uma operação no Donbass em 25.02.22”, afirmou Azarov.
Além disso, ele disse que no verão de 2022 [inverno no Hemisfério Sul] a OTAN planejava acordar a introdução de forças na Ucrânia e até o fim do ano provocar um conflito nuclear com a Rússia.
“Desde dezembro de 2021, a Rússia recebia dados sobre os planos da OTAN de implantar no território da Ucrânia quatro brigadas militares (duas terrestres, uma marítima, uma aérea). Além do mais, a brigada aérea tinha capacidade de transportar ogivas nucleares.
A OTAN queria chegar a um acordo sobre essa implantação de tropas na reunião do Conselho de Segurança da ONU no verão de 2022.
Então, muito provavelmente até o final do ano, eles provocariam um conflito e lançariam uma ação militar em larga escala contra a Rússia usando armas nucleares.”, concluiu ex-ministro ucraniano.
A Rússia começou a operação militar especial de “desmilitarização e desnazificação” da Ucrânia, em 24 de fevereiro, por ordem do presidente Vladimir Putin, após ter reconhecido oficialmente a independência das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk.
O passo da Rússia provocou uma onda de sanções dos países ocidentais contra Moscou em todos os setores.
Defesa russa: sistemas antiaéreos da Rússia destruíram helicóptero Mi-8 e drone Bayraktar da Ucrânia
A Força Aeroespacial da Rússia destruiu quatro caças Su-25 da Força Aérea da Ucrânia, disse aos jornalistas Igor Konashenkov, representante oficial do Ministério da Defesa da Rússia.
“Durante combate aéreo perto de Zhitomir foram derrubados quatro aviões Su-27 das Forças Armadas da Ucrânia, e um sistema de defesa antiaérea perto de Nezhin derrubou um Su-25.
Além disso, as forças de defesa antiaérea destruíram um helicóptero Mi-8 da Força Aérea da Ucrânia e um veículo aéreo não tripulado Bayraktar TB-2″, declarou neste sábado (5) o general.
No total, ele disse que desde o começo da operação especial na Ucrânia, as forças da Rússia destruíram mais de 2.100 alvos militares ucranianos.
“Só durante 5 de março foram destruídos: cinco radares, dois sistemas de defesa antiaérea Buk M-1.
Durante toda a operação foram atingidos 2.119 objetos da infraestrutura militar da Ucrânia, entre eles 74 postos de comando e controle das Forças Armadas da Ucrânia; 108 sistemas de defesa antiaérea S-300, Buk M-1 e Osa, e também 68 radares”, detalhou Konashenkov.
Além disso foram destruídos, indica o representante, “69 aviões aterrissados e 21 aviões no ar, 748 tanques e outros veículos blindados armados, 76 lança-foguetes múltiplos, 274 peças de artilharia de campo e morteiros, 532 peças de veículos militares especiais, e 59 veículos aéreos não tripulados”.
O membro do Ministério da Defesa russo referiu que as forças da Rússia capturaram mais sete localidades, mencionando Malaya Tokmachka, Marfopol, Remarka, Novokarlovka, Orlinskoe, Volodino e Malinovka.
Igor Konashenkov afirmou que o lado ucraniano não aproveitou o cessar-fogo anunciado para desconversar os nacionalistas em parar os ataques, e que isso levou a uma resposta da Rússia.
Segundo ele, esse regime foi instaurado entre as 10h00, horário local (04h00, no horário de Brasília), e 17h00, horário local (11h00, no horário de Brasília) para evacuar a população em Mariupol e Volnovakha, controladas pela Ucrânia, mas “nenhum civil conseguiu sair”.
“Batalhões nacionalistas aproveitaram o cessar-fogo para se reagrupar e reforçar suas posições. Tendo em conta a relutância do lado ucraniano em fazer alguma coisa com os nacionalistas ou prorrogar o cessar-fogo, às 18h00 de Moscou [12h00, no horário de Brasília] foram retomadas ações de avanço [russas]”, acrescentou o general.
O porta-voz militar apontou também que as forças das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk estão capturando novas localidades, e avançaram sete quilômetros.
“Um agrupamento das forças da República Popular de Lugansk continuou o avanço e tomou as localidades de Golikovo, Nevskoe e Katerinovka. As unidades das Forças Armadas da República Popular de Donetsk assumiram o controle das localidades de Zachatovka, Khlebodarovka, Novotatarovka, Zatishye e Mirnoe”, notou.
A operação especial continua.