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China pede contenção militar às vésperas de comemoração na Coreia do Norte

A força militar não pode resolver a tensão relativa à Coreia do Norte, disse a China nesta quinta-feira (13), quando um jornal chinês influente exortou o regime norte-coreano a interromper o programa nuclear em troca de proteção de Pequim.
Diante da aproximação de um porta-aviões dos Estados Unidos e do aumento da tensão na região a, a Coreia do Sul disse acreditar que os EUA irão consultar Seul antes de qualquer ataque preventivo contra o Norte.
Vêm crescendo os temores de que a reclusa Coreia do Norte realize em breve seu sexto teste nuclear ou mais lançamentos de mísseis, mesmo desafiando sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) e alertas contundentes de Washington de que sua política de paciência com Pyongyang acabou.
A China, única grande aliada e benfeitora da Coreia do Norte, que apesar disso se opõe a seu programa de armas, pediu conversas que levem a uma resolução pacífica e à desnuclearização da península.
“A força militar não pode resolver o assunto. Em meio ao desafio há uma oportunidade. Em meio às tensões também encontraremos um tipo de oportunidade para voltar às conversas”, disse o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, aos repórteres em Pequim.
Embora o presidente norte-americano, Donald Trump, tenha alertado Pyongyang de que não irá tolerar qualquer provocação, autoridades dos EUA disseram que o governo está focando sua estratégia em sanções econômicas mais severas.
Trump desviou o porta-aviões USS Carl Vinson para a península coreana, manobra que pode levar mais de uma semana, como demonstração de força com a meta de desestimular outro teste nuclear norte-coreano ou o disparo de mais mísseis para coincidir com eventos e aniversários importantes.
A possibilidade de uma ação militar dos EUA ganhou corpo depois que a Marinha norte-americana disparou 59 mísseis Tomahawk contra uma base aérea da Síria na semana passada em reação a um ataque com gás letal.
Wang alertou que a história irá responsabilizar qualquer instigador. “Quem quer que provoque a situação, quem quer que continue a causar problemas neste local terá que assumir a responsabilidade histórica”, afirmou.

Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, conversaram por telefone na quarta-feira, poucos dias depois de se reunirem nos EUA pela primeira vez.
No Twitter, Trump disse que o telefonema com Xi foi uma discussão “muito boa” sobre a “ameaça da Coreia do Norte” e, mais tarde na quarta-feira, que seu país está preparado para lidar com a crise sem a China, se necessário.

Por Reuters

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