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EUA consideram ação militar contra Coreia do Norte, diz secretário de Estado

A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL NÃO ESTÁ DISTANTE

O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, disse nesta sexta-feira (17/03) em Seul, na Coreia do Sul, que a diplomacia da “paciência estratégica” exercida pelo governo de Barack Obama com a Coreia do Norte “terminou” e que uma ação militar de Washington contra Pyongyang “é uma opção”.

O chefe da diplomacia norte-americana falou em entrevista coletiva ao lado de seu colega sul-coreano, Yun Byung-se, e da mesma forma que fez na véspera no Japão, ressaltou que Washington planeja mudar sua política em direção ao governo de Kim Jong-un, mas não deu mais detalhes a respeito.

Tillerson disse que “todas as opções estão sobre a mesa” e que acredita que o melhor para o futuro da segurança e estabilidade econômica da Coreia do Norte “é abandonar seu programa nuclear e de mísseis e desenvolvimento de qualquer arma de destruição em massa”.

Na quinta-feira (16/03), Tillerson já havia dito em Tóquio que “vinte anos de tentativas de persuadir a Coreia do Norte a abandonar seu programa nuclear falharam” e que ele estava visitando a Ásia para “trocar ideias sobre uma nova abordagem”.

Em resposta, a Coreia do Norte convocou uma conferência de imprensa em sua embaixada em Pequim e responsabilizou os EUA pelo “potencial para a guerra nuclear” e reiterou que seu programa de testes atômicos irá continuar em prol de sua autodefesa.

Tillerson critica medidas da China contra a Coreia do Sul

Durante seu discurso em Seul, o secretário de Estado dos EUA classificou de “inadequada e problemática” as medidas de boicote econômico da China para a Coreia do Sul pela implementação em seu território do escudo americano THAAD (destinado a interceptar mísseis norte-coreanos, mas criticado por Pequim por considerar que compromete sua segurança).

Nesse sentido, voltou a dizer em que o Sistema de Defesa Terminal de Área a Grande Altitude (THAAD, sigla em inglês), cuja instalação na Coreia do Sul começou na semana passada, é uma ferramenta “defensiva”.

Além das tensões entre Pequim e Seul por conta do escudo, a visita de Tillerson acontece em um momento de especial tensão na península coreana.

Seul e Washington realizam atualmente em território sul-coreano suas maiores manobras militares em conjunto, depois que Pyongyang, que respondeu a estes exercícios lançando quatro mísseis balísticos no início do mês passado, efetuasse um número recorde de testes de armamentício em 2016.

Além disso, há ainda o caso do assassinato, em fevereiro, do irmão mais velho do líder norte-coreano na Malásia. Seul acusa abertamente a Coreia do Norte, que nega envolvimento no crime.

A corrida armamentista é uma realidade e as possibilidades de confrontos bélicos é uma possibilidade rea.

Agência EFE

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