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EUA pensam em medida que pode destruir as defesas antiaéreas da Síria

Depois de a Casa Branca declarar que Damasco usou armas químicas na guerra civil que já deixou mais de 90 mil mortos na Síria, os Estados Unidos cogitam impor uma zona de exclusão aérea no país, o que seria a sua primeira intervenção direta no conflito. De acordo com fontes diplomáticas, a zona seria limitada ao sul da Síria, perto da fronteira com a Jordânia.

Isso exigiria que os EUA destruíssem as sofisticadas defesas antiaéreas da Síria, de fabricação russa, interferindo no conflito com o mesmo tipo de ação que a Otan realizou para ajudar os rebeldes líbios a derrubarem o regime de Muamar Kadafi, dois anos atrás. Após meses de deliberações, o governo dos EUA disse na quinta-feira que passará a armar os rebeldes, depois de comprovar que o governo de Bashar al Assad usou gás sarín contra seus inimigos.

Oficialmente, os EUA dizem que não descartam uma zona de exclusão aérea, mas que uma decisão não é iminente.

A França disse que seria impossível impor uma zona de exclusão aérea sem autorização do Conselho de Segurança da ONU, o que a torna improvável por enquanto.

No entanto, os EUA discretamente tomam providências para facilitar a medida, deslocando mísseis Patriot, aviões de guerra e mais de 4.000 soldados para a Jordânia, oficialmente como parte de um exercício anual, mas deixando claro que os equipamentos poderão permanecer quando as atividades terminarem.

Fonte: Redação / O Globo

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