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Fim da aposentadoria capitalizada é uma das lutas das manifestações no Chile

As mobilizações que tomaram conta das ruas no Chile tiveram início com o aumento do preço das passagens do Metrô.

A falta de diálogo do governo e a truculências das forças de Segurança, as pautas se estenderam, questionando todo o modelo neoliberal instalado no país, incluindo pilares básicos da sociedade, como saúde e educação públicas, e o alto custo de vida que obriga a população a se endividar para ter acesso.

Entre os gritos e demandas das vozes das ruas, nestes últimos três dias de fortes mobilizações sociais, o sistema capitalizado da aposentadoria no Chile, as chamadas AFPs (Administradoras de Fundos de Pensões), são uma das reivindicações.

O que se questiona é o modelo de capitalização de pensões por contas individuais, trazido por estudantes de economia chilenos da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, que fracassou.

O sistema que deixou 930 mil aposentados na faixa da pobreza do país, sendo que 80% deles hoje se mantêm com menos de um salário mínimo, 44% abaixo da linha da pobreza, foi usado como inspiração para o ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, elaborar a proposta da reforma da Previdência, que com algumas mudanças está sendo votada no Congresso.

O funcionamento este modelo no país que já carrega mais de 40 anos de experiência e os efeitos dessa mudança.

Os detalhes deste cenário se pode encontrar no especial #OExemplodoChile, com reportagens que se debruçaram na implementação do neoliberalismo no país, em plena ditadura do regime militar de Augusto Pinochet, desembocando em uma de suas reformas, a da Previdência.

Reuters

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