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Força paramilitar iraquiana está pronta para intervir um golpe de estado ou rebelião..

Um homem ferido durante as manifestações no Iraque é transferido de hospital, no dia 5 de outubro de 2019 — Foto: Wissm al-Okili/Reuters

Uma coalizão paramilitar do Iraque dominada por milícias xiitas próximas ao Irã, a Hashd Al-Shaabi, está pronta para intervir e impedir “um golpe de Estado ou uma rebelião”, caso o governo assim o ordenar, afirmou nesta segunda-feira (7) o líder do grupo.

No domingo (6), oito morreram em novos confrontos entre as forças de segurança do Iraque e manifestantes anti-governo.

Foi o sexto dia de embates. Há mais de cem mortes e 6.000 feridos.

O país vive a pior onda de violência desde o fim da guerra contra o Estado Islâmico.

Apesar de uma produção recorde de petróleo, a economia não cresce, e os manifestantes verbalizam descontentamento com a situação.

Denúncia de complô

Os paramilitares da Hashd querem “o fim da corrupção e não o fim do regime”, em resposta a um dos lemas dos manifestantes, disse seu líder, Faleh Al-Fayadh, em uma coletiva de imprensa em Bagdá.

Segundo ele, as manifestações fazem parte de um complô.

O líder afirmou “saber quem está por trás das manifestações” e “quem planejou uma queda do regime”, um plano que “fracassou” a seu ver. “Serão castigados”, acrescentou.

A Hashd Al-Shaabi atualmente é integrada, em grande parte, por tropas regulares iraquianas.

No domingo (7), o governo iraquiano anunciou uma série de medidas sociais em resposta às reivindicações dos manifestantes, com o objetivo de esvaziar um movimento de protesto que deixou quase 100 mortos em menos de uma semana.

Nascido através de apelos nas redes sociais, o movimento protesta contra a corrupção, o desemprego e a decadência dos serviços públicos em um país emergente há menos de dois anos de quase quatro décadas de conflito e na escassez crônica de eletricidade e água potável.

G1

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